Você gosta do ‘amor’ ou da pessoa?

Você é viciado em ‘amor’? Ou você ama porque realmente gosta da pessoa?

Há uma diferença entre você gostar de uma pessoa e gostar do sentimento de gostar ou de apaixonar-se. Há pessoas viciadas em amor. Elas sentem que precisam estar amando alguém para que a vida faça sentido. Mas parece que tais pessoas, na verdade, vinculam-se com sua própria sensação de gostar do que com outro indivíduo.

A paixão pode ser uma forma de não lidar com a dor, e a pessoa fica viciada em paixão. Autores comentam que paixão é uma ilusão e explicam que na paixão nós vemos o que queremos ver e não vimos realmente quem é o outro. Nos apaixonamos pela imagem que criamos dentro de nós.

E no começo parece que a outra pessoa se encaixa perfeitamente nesta imagem, até que vamos vendo que há, na verdade, uma diferença entre a ilusão de nossa imagem e a realidade do que o outro é como pessoa. Daí é que pode começar o amor. Ou não. Depende de como a pessoa irá lidar com a frustração pela queda da ilusão. Pode sobrar algum afeto ou pode não sobrar nada.

Há pessoas apaixonadas pela paixão. Pessoas que são viciadas em amar ou em apaixonar-se. Então, para elas o que mais importa não é, na verdade o próprio sentimento forte que sente. Paixão pela adrenalina pessoal. É como os que adoram esportes radicais. Eles amam a sensação de adrenalina no corpo. Será um tipo de narcisismo bioquímico?

Buscar a sensação de adrenalina que dá prazer, pode ser uma maneira inadequada de aliviar a ansiedade, o que faz a pessoa afastar-se ainda mais de sua identidade. As pessoas são responsáveis pelo que fazem, não importando o que foi feito com elas. Há um momento em que escolhemos este ou aquele comportamento. Para fugir da dor e cair no prazer ilusório, ou para enfrentá-la e pegar o caminho da liberdade e serenidade. As pessoas são responsáveis pelo que fazem.