Cerca de 250 pessoas, entre pacientes submetidos a transplante hepático no Hospital de Clínicas (HC) e membros de suas famílias, participaram de uma festa de confraternização de final de ano ontem, no Círculo Militar, em Curitiba.
Os transplantes de fígado são realizados no HC desde 1991. Vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR), o hospital é considerado de referência no País, com maior número de transplantes realizados: 282 até agora. Foi a primeira instituição a promover transplantes intervivos no Paraná e segunda no Brasil na realização de duplo transplante intervivos de rim e fígado.
Durante o evento, pacientes e médicos se reencontraram para comemorar o final de mais um ano de alegrias, vida nova e saúde. “Se eu não tivesse feito o transplante, hoje eu estaria morto”, disse o aposentado Germano Mioto, de 62 anos, que passou pela cirurgia no dia 19 de junho de 1996. “A festa promovida pelo HC é muito importante, pois nela posso encontrar pessoas que tiveram o mesmo problema que eu e celebrar uma nova vida.” Germano teve cirrose hepática e recebeu o fígado de um senhor que morreu em Guarapuava.
O operador de produção Vandeley de Liz, 29, teve uma infecção no fígado e passou pelo transplante em 7 de maio de 1998. “Passei por momentos muito difíceis, mas hoje levo uma vida normal”, contou. “Trabalho e tenho um filho. O evento do HC é um encontro de amigos, onde todos vêm mostrar que estão bem.” Vanderley não sabe quem foi seu doador.