?Terceira dentição? completa 40 anos

Os implantes dentários estão cada vez mais seguros, por isso, os especialistas os comparam a uma ?terceira dentição?.

Hoje em dia, quem vai ao dentista ouve cada vez mais a palavra implante e conhece sempre alguém que fez um ou muitos. De fato, cada vez mais pessoas colocam esses pequenos parafusos de titânio, cuja única função é a de suportar uma ou várias coroas dentárias. Muito além da colocação de uma raiz artificial que livre da ?dentadura?, os implantes podem ser considerados como a terceira dentição de uma pessoa. Mas, para que ela tenha qualidade estética e um bom resultado, é essencial uma análise completa da boca e das condições ósseas para que tudo corra bem.

A odontologia está comemorando 40 anos de uso dos implantes dentários, e, desde então, a qualidade de vida dos pacientes tem melhorado. Eles propiciam uma mastigação mais eficiente, além da melhora na estética, na fonética, como também na auto-estima, contribuindo assim para um melhor convívio social. Para que o resultado seja saudável e para que a pessoa saia do consultório especializado com segurança ao mastigar, podendo sorrir à vontade e sem receios, os implantes dentários podem ser a solução mais segura. Para isso, há uma série de fatores importantes que precisam ser levados em consideração.

Eduardo Gurkewicz, especialista em implantodontia, explica que, para se conseguir implantes bucais com bons resultados estéticos e funcionais, a qualidade óssea é fundamental. ?É essencial que os ossos da arcada dentária consigam dar suporte ou sustentação para a colocação do implante?, diz. Nos casos em que não exista essa condição óssea, é preciso realizar um enxerto ósseo. Nesses casos, esse procedimento faz parte da preparação da região bucal para receber um implante. Gurkewicz salienta que é primordial criar condições para que os implantes tenham um bom alicerce ósseo, ?certeza de um futuro duradouro?.

Recuperação estética

As clínicas especializadas em implantes dentários devem contar com profissionais qualificados para executar essas intervenções. Como a maioria delas é feita no consultório, este deve estar preparado para oferecer o tratamento adequado ao paciente. ?Toda cirurgia de implante deve ser acompanhada por um médico anestesista?, adverte Gurkewicz. Além de verificar seguidamente a pressão e a respiração do paciente, a sua presença traz segurança e tranqüilidade para o paciente e para toda a equipe.

O sucesso clínico da utilização dos implantes, primeiro sendo utilizados em pacientes portadores de próteses totais, que foram classificados como inválidos orais, resultaram na evolução das técnicas e, principalmente, no encaixe das próteses. Hoje são também utilizados em próteses unitárias, próteses parciais e principalmente na recuperação da estética. Após a conclusão do tratamento, o mais importante são visitas periódicas ao dentista, para controle da placa bacteriana. Nessas visitas são avaliados, dentre outros, desgastes das próteses produzidos pelo apertamento ou ranger dos dentes (bruxismo), causados por estresse emocional, tão presente no cotidiano da vida moderna.

É bom saber que…

… implantes não podem ser rejeitados, pois são feitos de titânio puro. Esse material é 100% compatível com o organismo humano.

… a colocação de implantes não dói. A única queixa que pode surgir após uma boa colocação de implantes é de inflamação, facilmente controlada com antiinflamatórios.

… de acordo com organizações internacionais, existem mais de 2 milhões de implantes dentários no mundo. Existe quem tenha na boca implantes há mais de 40 anos sem qualquer problema.

Implante, 40 anos

A técnica da implantodontia foi descoberta nos anos 60s pelo médico e pesquisador sueco Per-Ingvar-Branemark que, em estudos sobre circulação sangüínea, descobriu acidentalmente que o titânio podia se integrar aos tecidos ósseos vivos. Como a curiosidade aumentava, ele mudou dos estudos da micromecânica do fluxo sangüíneo para o estudo da implementação, que ele posteriormente chamou de "osseointegração". Após extensivas análises, demonstrou que, sob condições controladas, o titânio se integraria a ossos vivos sob um alto grau. Em 1965, Branemark iniciou os testes clínicos, quando pela primeira vez um ser humano foi tratado pelo método por ele desenvolvido.

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