Síndrome da ampulheta resulta em estresse

A tecnologia tornou-se uma parcela integrante do nosso dia a dia. A conexão sem fios à Internet predomina em shoppings, restaurantes e aeroportos.

Espera-se que respondamos a e-mails minutos após recebê-los e as pessoas estão acostumadas a terem seus dispositivos móveis ao alcance das mãos.

No entanto, com o acesso constante e quando a tecnologia ultrapassada falha em nos acompanhar, o estresse é garantido – um fenômeno que acabou sendo batizado de forma bem humorada como “Síndrome da Ampulheta”. Ao mesmo tempo em que não é uma síndrome real ou um distúrbio médico, a síndrome é um termo criado pela Intel Tecnologia para descrever a situação que muitos consumidores enfrentam enquanto esperam que seus processadores acompanhem a velocidade da vida.

De acordo com um estudo online sobre tecnologia oito em cada dez (80%) adultos dos Estados Unidos se frustraram enquanto esperavam por alguma resposta da máquina. Mais da metade (51%) fez algo fora do normal devido à frustração da espera pela tecnologia.

Entre aqueles que admitiram agir de maneira inapropriada enquanto aguardavam, 62% admitiram ter gritado ou praguejado em voz alta quando o equipamento não pôde acompanhar o seu ritmo, enquanto outros bateram no mouse (29%) ou golpearam a tela ou o teclado (24%).

Daqueles que agiram ou viram alguém agir de maneira inapropriada em público devido a frustrações com a tecnologia, 70% viram estranhos, 46% viram membros da família ou amigos e 33% viram colegas de trabalho agirem com frustração nessas ocasiões.

Desapontamento

Você já perdeu as entradas para aquele show ou evento esportivo perfeito, ou teve que se contentar com a última fila ou o meio de um avião porque a sua tecnologia não conseguiu acompanhar o seu ritmo?

Outro detalhe, mostrado pela pesquisa, é que além do aumento do estresse e da frustração, os computadores mais antigos fazem com que as pessoas percam algo enquanto esperam, como a oportunidade de participar de uma venda online (13%), a compra de passagens de avião ou entradas para algum show ou evento esportivo. Se aconteceu contigo, não se preocupe. Você não está sozinho.

“Estamos conectados o tempo todo aos nossos dispositivos”, ressalta Margaret Morris, psicóloga e pesquisadora de tecnologia da Intel. Conforme a especialista, eles tornam-se uma extensão de nós mesmos e estão cada vez mais envolvidos em nossos relacionamentos com outros, em como nos expressamos e em nossos esforços para gerenciar o estresse.

Para ela, também gostamos da liberdade de nos comunicarmos e trabalharmos em qualquer lugar e por isso dependemos da tecnologia para agir. “Quando ela nos deixa na mão, o desapontamento é grande e algumas vezes afeta o sentimento que temos por nós mesmos”, reconhece a psicóloga.

Longe do computador

Para se afastar do distúrbio deve-se evitar sobrecarregar o corpo ou a mente com ações exaustivas repetitivas quando já se está exausto, uma dica é não encurtar as horas de sono.

Reduzir o excesso de luz, barulho, frio ou calor e até o consumo exagerado de refeições pesadas e ou bebidas; e reservar momentos para diversão e distração, onde se possa desvencilhar dos problemas estressantes, longe do computador.

O estresse pode esgotar as reservas de vitamina C e complexo B, portanto, uma boa nutrição pode ajudar seu controle, devendo ter maior atenção alimentos frescos, saudáveis e de fontes variadas (carboidratos, proteínas, vegetais, frutas, cereais).

Também ajuda evitar o consumo de gordura, ingestão de bebidas alcoólicas e diminuição no consumo de café. É importante que se busque desvencilhar dos problemas e questões estressantes em atividades prazerosas, com diversão e distração.

Segundo especialistas, atitudes e pensamentos positivos, conhecimento do problema, planejamento e organização do tempo, relaxamento e senso de humor são formas de se lidar com a “Síndrome da Ampulheta”.

A atividade física &eacu,te; extremamente importante por desencadear a liberação de serotonina, que tem efeito calmante, podendo diminuir alguns efeitos de ansiedade, além de provocar sensação de bem estar e euforia.

Sobre a pesquisa

Essa pesquisa foi realizada online dentro dos EUA pela Harris Interactive a pedido da Intel, entre os dias 27 e 29 de julho de 2010, com a participação de 2163 adultos com 18 anos ou mais. Essa pesquisa não é baseada em amostra de probabilidade e por isso nenhum erro de amostragem teórica pôde ser calculado.

Redes sociais

Ao longo dos últimos cinco anos, com a disseminação das redes sociais muita coisa mudou na maneira como usamos a tecnologia

* Lançamento do YouTube em 2006
* Explosão do Facebook que atingiu mais de 400 milhões de usuários
* O conteúdo online em alta definição (HD)
* O crescimento da fotografia digital
* O acréscimo no número de sites de compartilhamento
* Transmissão de vídeos mais rápida e fácil e uma melhor capacidade de edição.