Segundo assessor, combate ao tabaco não é prioridade em países pobres

Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais de Saúde, Santiago Alcazar, afirma que países com baixo desenvolvimento econômico e social têm muita dificuldade eleger a luta contra o tabagismo como prioridade.

"Não que eles não tiveram oportunidade de colocar o controle do tabaco na pauta de suas prioridades. Mas ainda falta incentivo nessa área".

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMC), o tabagismo está crescendo nos países em desenvolvimento, em especial entre os adolescentes. A estimativa é que, em 20 anos, o número de mortes em decorrência do tabaco chegue a 8,3 milhões.

O controle do tabaco está sendo debatido na 9ª Conferência Ibero-americana de Ministros da Saúde, que termina amanhã (10) na cidade Iquique, no Chile.

O representante brasileiro diz que 19% da população nacional consome produtos com tabaco atualmente. O índice, diz Alcazar, está abaixo da taxa mundial, hoje em 21%.

Na avaliação dele, o Brasil é um dos países que mais conseguem controlar o tabagismo no mundo. "Tudo o que se faz no país demonstra o grau de consenso de preocupação da sociedade em relação ao consumo de tabaco".

A OMS considera o tabaco uma das principais causas de morte que poderia ser evitada.  No mundo, de acordo com o organismo internacional, cerca de um bilhão de pessoas são fumantes.

No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas morram por ano por causa do consumo do tabaco.

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