Os vilões da saúde pública no Brasil

Hoje, 5 de agosto, é o Dia Nacional da Saúde. A data serve para lembrar da preocupação que temos que ter com a atenção e os cuidados com ela.

Saúde não é apenas a inexistência de doença, ela resulta de um equilíbrio físico, orgânico e mental do organismo.

Um equilíbrio que vê ser conquistado no dia-a-dia. Fazem parte dessa rotina uma boa alimentação a base de frutas, verduras, carboidratos, proteínas, pouca gordura e muita água.

Sem esquecer das boas horas de sono, das atividades físicas, dos cuidados com a higiene pessoal e das horas reservadas ao lazer.

Recentes pesquisas promovidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) relacionam alguns vilões da saúde pública, responsáveis, direta ou indiretamente, por cerca de 40% das mortes ocorridas no mundo.

Não é difícil perceber porque colocam em risco a saúde da população. Pesquisadores afirmam que, apesar de atingir índices nunca antes alcançados, a expectativa de vida da população poderia ser ainda maior, com a implantação de programas para esclarecimentos e conscientização.

Os pesquisadores detalharam algumas “feridas” e propuseram algumas estratégias eficazes e baratas para diminuir seus efeitos. Isso significa que todos os envolvidos com a saúde pública devem concentrar seus esforços nesse combate. Evidentemente que eles variam de uma região para outra. Conheça, a seguir, os principais vilões da saúde pública.

Subnutrição

Um relatório publicado pelo Unicef afirma que 150 milhões de crianças sofrem de subnutrição nos países em desenvolvimento, entre eles, o Brasil.

De acordo com a instituição, a má alimentação, por vezes, não é o maior problema, e sim as recorrentes doenças que ocasionam vômitos e diarréias, impedindo a absorção de nutrientes vitais.

Os pesquisadores afirmam que a maioria das crianças subnutridas não aparenta ter o problema, pois se tornam subnutridas já nos primeiros anos de vida, quando ainda estão em fase de desenvolvimento.

Obesidade

A obesidade alcançou proporções epidêmicas e autoridades médicas decidiram tratar o problema de forma mais agressiva a fim de evitar a explosão global de doenças relacionadas ao sobrepso.

Nos últimos anos, especialistas concluíram que obesidade, diabetes e doenças cardíacas – comumente vistas como problemas de regiões mais abastadas – estão se espalhando pelos países em desenvolvimento. A entidade estima que mais 300 milhões de pessoas em todo o mundo estão obesas e outras 750 milhões permanecem acima do peso ideal.

Sexo sem proteção

Os números de mortes devido a incidência das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e aids continua em crescimento. No Brasil, apesar dos programas considerados referência poe entidades internacionais, o sexo sem proteção e a promiscuidade colocam em risco a saúde da população. Para os pesquisadores, a solução está na informação e na conscientização para o uso de preservativos nas relações sexuais.

Hipertensão

A hipertensão é responsável por uma epidemia silenciosa. Muitas vezes, o primeiro aviso da incidência da doença é o único. A doença afeta 35% das pessoas com mais de 40 anos de idade.

A maioria das pessoas convive com o distúrbio sem saber dos riscos que correm. Os especialistas recomendam atividade física, diminuição no consumo de sal e de bebidas alcoólicas, além do não abandono dos tratamentos.

Colesterol

O Brasil ainda registra um dos maiores índices de taxas de colesterol elevado n,o mundo. Tais taxas são responsáveis por quase 8% das mortes causadas por doenças não-transmissíveis, o que representa cerca de 4,5 milhões de pessoas.

Mesmo sem um histórico familiar da doença, muitas pessoas sofrem com as altas taxas de colesterol. Dentre os fatores que alteram ou aumentam o colesterol são os hábitos alimentares, a vida sedentária com pouca prática de exercícios e o tabagismo. Um importante fator para o controle de seu colesterol é a redução do consumo de gorduras saturadas.

Fumo

A OMS considera o tabagismo uma epidemia generalizada e, como tal, precisa ser combatida.

Atualmente, a estimativa é de que perto de 200 mil brasileiros morram por ano em conseqüência das doenças que o tabaco provoca.

O cigarro mata mais que a cocaína, heroína, álcool, incêndios, suicídios e aids, juntos.

O fumo é responsável por 80% das mortes por câncer do pulmão, 80% causadas pela bronquite crônica e enfisema pulmonar e 30% dos infartos do coração.

Álcool

O álcool é responsável por 1,8 milhão de mortes por ano no mundo. No Brasil, a estimativa é de que mais de 10% da população seja dependente do álcool. O álcool é a droga preferida dos brasileiros (68,7% do total).

No País, 90% das internações em hospitais psiquiátricos por dependência de drogas, acontecem devido ao álcool, além disso, motoristas alcoolizados são responsáveis por 65% dos acidentes fatais tantos nas rodovias quantos nas ruas das nossas cidades.

Água contaminada

A Organização Mundial da Saúde divulgou estudo que revela que 28 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência de doenças provocadas por água contaminada, condições sanitárias precárias e falta de higiene.

Esta contaminação é a principal causadora de doenças, como hepatite A, cólera e febre tifóide, responsáveis por 2,3% das mortes no País. De acordo com o estudo, no mundo, 6,3% das mortes ainda são causadas por estas doenças, todas relacionadas à má qualidade da água e às condições de higiene.

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