Novo remédio para menopausa será testado

Um novo medicamento está sendo estudado para reduzir os efeitos dos fogachos, que são ondas de calor sentidas por mulheres que entram na menopausa – também conhecidos como ?calorões?. O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está participando de um grupo mundial de estudos que vai verificar a aplicação de um medicamento derivado do mirtasapina para reduzir esse problema. Para isso, está convocando mulheres voluntárias de 40 a 65 anos que estejam na menopausa para participarem das pesquisas.

De acordo com a chefe do Departamento de Tocoginecologia do HC, Claudete Reggiani, a grande maioria das mulheres quando pára de ovular e interrompe a fase reprodutiva sente as ondas de calor. Além do desconforto, essas ondas podem causar insônia e irritabilidade. Atualmente, o único medicamento eficaz é o hormônio. Porém, algumas mulheres rejeitam o tratamento, por falta de condições – não podem tomar hormônios as que têm doenças vasculares, história de câncer na família ou hipertensão – ou por opção, e partem para fitoretápicos a base de soja. ?Mas eles são eficazes em apenas 20% dos casos?, disse a professora.

O medicamento em estudo -também utilizado como antidepressivo -, já se mostrou eficaz na redução dos níveis de calor. Claudete ressalta que após a conclusão do estudo, o medicamento poderá estar disponível em dois anos. O HC é uma das quatro instituições brasileiras que participam do estudo, que é patrocinado por um laboratório holandês, considerado o maior produtor mundial de hormônios e anticonceptivos.

O Hospital de Clínicas irá selecionar de 15 a 20 mulheres para participar das pesquisas. As interessadas devem entrar em contato com o HC pelo telefone (41) 3360-1865.

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