No Dia da Secretária, especialista alerta para sobrecargas de trabalho

A maioria das empresas, consultórios, escritórios e, até mesmo, profissionais liberais contam com uma secretária que consegue colocar em ordem e planejar diversos compromissos. Como acaba se tornando imprescindível para o bom funcionamento da rotina, freqüentemente, essa profissional se submete a longas e estressantes jornadas de trabalho, comprometendo sua saúde. "Devido ao trabalho administrativo realizado, as constantes horas-extras e o estresse de diferentes tarefas durante o dia, as secretárias são acometidas por diversas patologias relacionadas aos membros superiores, inclusive LER/DORT", observa Dr. Alison Klein, fisioterapeuta do trabalho e diretor-técnico do SEFIT – Prevenção Laboral.

As siglas LER (lesões por esforços repetitivos) e DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) foram criadas para denominar várias patologias que atingem músculos, tendões e membros superiores, e que têm relação direta com as atividades ocupacionais. As secretárias cujas tarefas exigem movimentos repetitivos, inclusive trabalho com computadores, devem tomar cuidado redobrado com suas atividades. "O ideal é que, em trabalhos de digitação, a cada hora trabalhada, haja uma pausa de 10 minutos para relaxamento", orienta Dr. Alison. Além de prevenir as lesões, o alongamento também alivia a tensão, diminuindo as dores no pescoço e nos ombros.

A prevenção é a única forma eficaz de combater a LER/DORT e, por isso, é necessário um controle da carga horária, pausas durante o expediente para um possível alongamento, adequação do posto de trabalho a cada indivíduo e a atenção a qualquer sinal do organismo, mesmo as dores menos intensas. "A manutenção da saúde é, principalmente, um interesse individual e cada um deve colocar isso como prioridade", salienta o especialista.

Na maioria dos casos, os trabalhadores afetados por esses distúrbios só procuram um médico quando as dores começam a atrapalhar sua rotina e isso é sinal de que a lesão já está em estágio avançado. "Para o tratamento, o primeiro passo é o afastamento e, então, poderão ser usados medicamentos e técnicas de fisioterapia, relaxamento e, até mesmo, acupuntura", ensina o fisioterapeuta.

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