Verão

Mulheres devem cuidar de higiene íntima

Durante o verão, a infecção mais comum nas mulheres de todas as idades é a candidíase. O calor e a umidade favorecem a proliferação da Candida Albicans, um fungo existente no organismo, mas que se manifesta com baixas na imunidade. Por isso nessa época do ano a atenção deve ser redobrada em relação à higiene íntima.

Segundo a ginecologista Maria Letícia Fagundes, sentar na areia, longas horas com o biquíni molhado e uso de calças e calcinhas que não deixam a região ‘respirar’ são os fatores que contribuem para a cândida se desenvolver no organismo. “Entre os sintomas estão coceira intensa na região da vulva, bem como vermelhidão, inchaço e um corrimento denso, que parece leite coalhado”, conta a médica.

Apesar de não ser configurada como uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), a candidíase pode ser transmitida sexualmente, bem como passada para os homens. “Eles muitas vezes não apresentam sintomas, mas podem ser responsáveis pela reinfecção de sua parceria e por esse motivo também deve ser tratado”.

No entanto, a relação sexual é apenas uma das formas de infecção. Vários fatores contribuem para o desenvolvimento da candidíase, entretanto alguns são mais comuns:

– uso de roupas íntimas sintéticas que não deixam a pela ‘respirar’, o ideal é utilizar calcinhas de algodão;

– biquíni molhado e sentar na areia

– prática de higiene íntima irregular, deve sempre ser feita de frente para trás e não do ânus para a vagina;

– uso de medicamentos como corticóides e antibióticos;

– menopausa;

– obesidade.

Na maioria dos casos o tratamento é feito com antimicóticos de manipulação vaginal e dura de 3 a 7 dias. Quando a infecção está um pouco mais avançada reforça-se com comprimidos via oral. O tratamento mais adequado será avaliado de acordo com os exames clínicos feitos pelo ginecologista.

A Dra. Maria Letícia ainda ressalta que a candidíase genital é apenas uma das manifestações da candida albicans no nosso organismo. “Além do trato vaginal, ela também manifesta-se na pele, na boca (afta ou sapinho), no estômago e no intestino trazendo diversas complicações que devem ser acompanhadas pelo médico”.

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