Meses de muita expectativa e ansiedade

A gestação é considerada um dos momentos mais importantes da vida das mulheres. Ao contrário do que acontecia no passado, quando as gestantes tinham seus filhos em casa e sem assistência médica especializada, atualmente grande parte das mães são acompanhadas praticamente desde o momento em que começam a pensar em engravidar, até o período pós-parto.

Segundo o médico ginecologista Ricardo Teodoro Beck, o ideal é que a mulher se prepare pelo menos noventa dias antes de começar a tentar engravidar. Nesse período, ela deve tomar a vacina contra rubéola, doença que, quando adquirida durante a gestação, pode causar aborto.

?Também é necessário fazer exames para identificação de toxoplasmose, cardiopatias, doenças de pulmão, anemia e outros agentes complicatórios que podem colocar em risco o bebê ou a própria paciente?, comenta.

Tomadas todas as providências, a futura mamãe deve procurar o ginecologista o mais rápido possível ao detectar qualquer atraso menstrual. Comprovada a gravidez, pacientes saudáveis deverão repetir a visita ao médico no mínimo uma vez ao mês. A primeira ecografia, exame considerado de risco zero e que permite identificar possíveis problemas de formação, deve ser feita na quarta ou quinta semana de gestação, e repetida na décima primeira ou décima segunda.

Na maioria das vezes, o sexo da criança só é identificado em novo exame, feito após a décima quarta semana. No final da gravidez, deve ser realizada cardiografia, exame que permite ao médico ver o quanto o bebê é resistente ao estresse. O procedimento é considerado bastante simples e consiste na emissão de um som e verificação da contratura do útero. Quando a criança não responde ao estímulo, pode ser diagnosticada surdez.

Outro exame que deve ser feito pelo oitavo mês é a deperfluxometria, que mede o fluxo de sangue do cordão umbilical para o bebê e da mãe para a placenta, permitindo a avaliação das condições de nutrição da criança. ?Com todos esses exames, a obstetrícia ganhou muita qualidade?, diz Ricardo. ?A partir do oitavo mês de gestação, as visitas da paciente ao médico devem se tornar quinzenais. No nono mês, elas passam a ser semanais.?

Parto

As informações sobre o parto geralmente são transmitidas à paciente desde as primeiras semanas de gestação. Chegado o momento do nascimento, a cesariana só é recomendada quando há algum tipo de risco para a mãe ou para o filho. Caso contrário, o parto normal ou natural é considerado ideal.

?O parto normal dá uma maior qualidade de nascimento à criança, representa menos risco, e permite que o pós-operatório da mulher seja melhor. Apesar de tudo isso, muitas mães ainda temem o procedimento, que é cercado de uma série de preconceitos.?

O principal temor costuma ser a dor. Porém, o ginecologista esclarece que hoje existem métodos de analgesia que permitem que a mesma seja eliminada sem que a mulher deixe de conseguir fazer força para o bebê sair. De acordo com ele, a analgesia não tem contra-indicação e até contribui com a facilitação do parto, pois permite que a mulher fique mais tranqüila.

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