Do total de pessoas que são atendidas por serviços hospitalares de emergência em decorrência de acidentes de trânsito, 74,2% ocorre entre homens, segundo estudo publicado na edição de abril da Revista de Saúde Pública.
Das vítimas, cerca de 30% são motociclistas, e um quarto, pedestres. Realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em parceria com hospitais e universidades, a pesquisa avaliou as entradas por lesões relacionadas ao transporte terrestre em quatro pronto-socorros paulistas durante o ano de 2005.
De acordo com os autores, os homens são as principais vítimas de acidentes com motocicleta e, entre as mulheres, as que estão no papel de pedestres são mais frequentemente lesionadas.
Em metade dos casos, a lesão que a vítima sofre é considerada de menor gravidade, como entorses, luxações, contusões e cortes. Na outra metade de acidentados, porém, os diagnósticos são de fraturas, traumatismos crânio-encefálico e lesões de órgãos internos.
Segundo o estudo, que investigou um total de 5.934 atendimentos, 1,4% das vítimas morrem, a maioria, pedestres. Apenas aparentemente o percentual de óbitos é pequeno. Por outro lado, os motociclistas obrigados a usar capacetes foram os que menos sofreram lesões na cabeça ou face: 17,2%, comparativamente aos outros usuários.
Recentemente, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) informou, segundo levantamento feito pela instituição, que, dos condutores envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas ocorridos entre 2004 e 2007, 71% eram homens (11% eram mulheres e, para 18%, não havia registros).