Hérnia: Só a cirurgia resolve

Aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros sofrem de hérnia, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O distúrbio surge normalmente em conseqüência de rompimentos na musculatura abdominal e pode trazer graves conseqüências, caso não seja devidamente tratado. Além de aumentar consideravelmente de tamanho, podem ocorrer complicações como o estrangulamento do intestino dentro da hérnia. ?Essa é uma situação de emergência, que exige cirurgia imediata. Caso contrário, pode até levar à morte?, alerta o médico Paulo Carvalho, especialista em cirurgia do aparelho digestivo.

As hérnias, de acordo com o especialista, podem aparecer no nascimento, gradual ou subitamente, sendo desencadeadas por atividades que demandam muito esforço, como levantar, carregar, empurrar ou puxar objetos pesados; ataque de tosse; força para ir ao banheiro; ganho ou perda excessiva de peso, além da prática de esportes violentos.

O problema pode causar dor, devido ao fato, por exemplo, de o conteúdo abdominal (intestino ou tecido gorduroso) se exteriorizar pela hérnia. Quando a pessoa faz força, ocorre aumento da pressão dentro do abdômen, forçando a saída do intestino pela hérnia, o que causa desconforto e dor.

Rápida recuperação

Os sintomas podem piorar quando a pessoa necessitar permanecer em pé por longos períodos, quando vai ao banheiro, quando pratica esporte, entre outras ações. ?Qualquer ação que aumente a pressão do abdômen pode se tornar extremamente desconfortável?, frisa o médico. As hérnias não se curam sozinhas e a cirurgia é a única opção de tratamento. Hérnias não tratadas aumentam de tamanho com o tempo e, geralmente, se tornam ainda mais doloridas, podendo transformar-se em um distúrbio incapacitante. Quanto maior a hérnia, mais difícil e complicado o tratamento.

Paulo Carvalho é um dos especialistas brasileiros que têm adotado uma técnica nova e bastante eficaz no tratamento da doença, o Prolene Hérnia System (PHS) – um dispositivo que incorpora as vantagens de dois procedimentos muito utilizados – o Lichtenstein com tela plana e o laparoscópico. O procedimento é utilizado para a correção de todos os tipos de abertura (femural, inguinal, umbilical e epigástrica). Segundo o especialista, o método traz uma série de vantagens. Entre elas, a recuperação mais rápida do paciente, já que o procedimento utiliza anestesia local. Os custos também são menores, pois dispensa internação. Outra vantagem é a recuperação rápida e a cicatriz praticamente imperceptível por não exigir necessidade de pontos. O procedimento é quase ambulatorial. A técnica é realizada com anestesia local e leve sedação. Esse tipo de anestesia é mais seguro e oferece menos complicações como náuseas, vômitos, tonturas, problemas cardíaco-pulmonares e retenção urinária.

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