Festival de Inverno de Antonina agita economia

Programado para o período de 9 a 16 de julho, o 15.º Festival de Inverno de Antonina, promovido pela Universidade Federal do Paraná, já começa a movimentar a economia de Antonina cidade litorânea do Paraná, com cerca de 16 mil habitantes. Artesãos, comerciantes e pequenas indústrias estão se organizando para atender os participantes do Evento de olho no aumento nas vendas. Alexandre Ztrahal é um dos que aguarda com expectativa o início do Festival. O artesão espera vender durante o evento o dobro do que vende normalmente na baixa temporada. "Ao contrário do que acontecia nos anos anteriores, quando as vendas triplicavam, este ano minha loja está conseguindo se sustentar na baixa temporada. Por isso as expectativas são um pouco menores, mas mesmo assim espero lucrar perto de R$ 1 mil", explica. Alexandre trabalha com madeira e produz máscaras, baús, oratórios e veleiros.

Expectativas Ainda de acordo com Ztrahal, a intenção é prolongar o Festival até o início da alta temporada. "A economia da cidade praticamente morre entre o Carnaval e o Festival, voltando a reviver por 15 dias no movimento do inverno. Este ano queremos prolongar as vendas dessa semana por quatro ou cinco meses", diz. Alexandre é sócio e avaliador da Associação do Artesanato Art?Nina, que reúne alguns dos artesãos de Antonina. É ele quem aprova ou não os produtos que são vendidos na associação.

Foi seguindo o conselho dele que Josenia Carla Mendes decidiu participar pela primeira vez do Festival. Jô, como é conhecida, começou trabalhando arte aplicada nos barcos produzidos em caixeta como alternativa de renda para a associação. Ela procura copiar as cores e os estilos dos barqueiros de Antonina. "Eu compro as miniaturas de barcos e coloco neles redes, cestos de palha, remos, reproduzindo a atividade dos pescadores".

Os dois filhos de Alexandre, Aníbal e Felipe Ztrahal, também vão aproveitar a semana do Festival para vender seus produtos. Os dois fabricam brincos, pulseiras e colares utilizando sementes, ossos, bambu, além do filtro de sonho.

Os produtores de bala de banana também aguardam com ansiedade o início da festa. José Carlos Correia, proprietário da Indústria Soter, que fabrica a bala "Antonina", há 30 anos, espera dobrar as vendas. "Geralmente vendemos aproximadamente 100 kg por mês na cidade. Durante o evento, esperamos vender 200kg". Já Maristela Mendes Krenk, proprietária da Indústria Floresta, imagina um aumento de 20 a 25%. As famosas balas de banana de Antonina são vendidas em outros estados, como Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.

Mais informações no site www.proec.ufpr.br/festival2005.

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