Falta de diagnóstico compromete tratamento da osteoporose

Carregar uma sacola de supermercado, pentear o cabelo, vestir uma calça. Essas atividades simples, realizadas diariamente sem nenhum esforço, podem ser tarefas impossíveis para os portadores de osteoporose.

A doença, caracterizada pela redução da quantidade e da qualidade da massa óssea, é normalmente silenciosa e costuma ser percebida somente quando numerosas fraturas repetitivas, geralmente na coluna, levam à incapacidade e dor crônica.

A doença atinge principalmente as mulheres, cerca de 15% entre 50 e 59 anos, e 70% daquelas com 80 anos ou mais. Isso é resultado do declínio natural, durante a menopausa e a pós-menopausa, na produção do hormônio estrógeno, responsável por ajudar a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.

O enfraquecimento dos ossos faz com que aproximadamente uma em cada cinco mulheres acima dos 50 anos tenha uma ou mais fraturas vertebrais.
Um problema mais sério ainda é a falta de diagnóstico, estima-se que apenas um terço das fraturas vertebrais sejam detectadas.

A ausência de outros sintomas quando a osteoporose ainda está no início faz com que as fraturas aconteçam seguidamente. Embora não tenha cura, a osteoporose é uma doença tratável. As fraturas podem ser evitadas com a combinação de mudanças no estilo de vida e tratamento médico apropriado. E a prevenção começa desde cedo.

Ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, evitar o uso de álcool e fumo certamente “são ações que poderão garantir uma reserva óssea para quando o corpo precisar”, avalia Marise Lazaretti Castro, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Voltar ao topo