Em janeiro, o calor e as férias aumentam a freqüência em piscinas públicas, de clubes, de academias e de centros de convivência social. Junto com o divertimento, é fundamental não esquecer dos cuidados em relação a possíveis doenças de pele que podem ser difundidas nesses locais, causadas por bactérias, fungos e vírus.
As micoses mais freqüentes nessa época são a frieira e a micose de piscina, de praia ou ?pano branco?. A frieira caracteriza-se por pequenas lesões que descamam a pele, coçam e são comuns em regiões como virilha, entre os dedos dos pés e unhas. A micose de piscina também descama e pode ser identificada por lesões brancas, castanhas ou vermelhas.
Para evitar o risco de transmissão, o passo inicial é um exame cuidadoso feito por um médico qualificado. De acordo com a dermatologista e conselheira do Conselho Regional de Medicina (CRM) Ewalda Stahlke, um bom exame é suficiente para triagem das principais doenças em ambientes com piscinas. ?O exame deve ser feito com pouca roupa, para avaliação do tronco, das axilas e dos vãos entre os dedos dos pés, locais em que fungos podem aparecer com mais facilidade?, explicou.
Mas apenas o exame não é suficiente para a proteção, conforme alerta a dermatologista. ?Só o exame não garante que a pessoa não venha a adquirir uma doença posteriormente. A responsabilidade é de quem freqüenta as piscinas, de perceber quando não se deve ir a estes locais públicos?, afirmou.
Ao contrário do que muitos pensam, o problema não está na água, pois o cloro inativa as bactérias. É a umidade do local que atua como agente transmissor para manter mais tempo os fungos no ambiente. ?A pele úmida e o ambiente mais quente contribuem para desenvolvimento do fungo da micose de piscina, que todos possuem, mas sob controle. Nessas condições ideais, ele pode se desenvolver?, completou Ewalda.
Dicas
Entre os cuidados necessários, a dermatologista destaca usar sempre chinelos em ambientes úmidos, mesmo para tomar banho; manter um tapetinho de banheiro para não pisar diretamente no chão; secar bem os vãos entre os pés e não sentar diretamente em bancadas de locais públicos – procurar colocar uma toalha, por exemplo.