A nova arma contra a depressão psíquica mais profunda, aquela que não responde a nenhum tratamento farmacológico e leva ao suicídio de cerca de mil pacientes por mês nos Estados Unidos, é um sofisticado chip cerebral.
A função desse chip é regular o humor mediante um mecanismo composto por eletrodos que, a partir do pescoço, estimulam o nervo vago e ativam as regiões do cérebro ligadas a essa função.
O sistema deverá ainda ser aprovado em definitivo pela Food and Drug Administration (FDA), o organismo que regula o mercado medicinal e alimentar americano. O comitê de especialistas da FDA já deu, no entanto, seu “OK” ao chip, após acalorado debate.
Detratores e defensores do produto da empresa biotecnológica Cyberonics, de Houston, compararam cifras e dados experimentais sobre o comportamento desse produto.
Segundo alguns estudiosos, os dados dos testes ? segundo os quais uma pequena maioria de depressivos mostrou progressos ? não são estatisticamente significativos.
A tese dos autores do produto, porém, venceu. “A cada mês que passa um milhar de pacientes se suicida por sofrer uma depressão intolerável, e apenas nas últimas duas horas e meia perdemos quatro seres humanos dessa forma”, assinalou o psiquiatra John Rush.
“Não há tempo para novos experimentos. O implante do chip funciona e não tem efeitos colaterais”, afirmou Rush.
O testemunho de uma paciente foi decisivo: “Após haver experimentado vários remédios e não ter obtido nenhum benefício, no período de duas semanas após haver recebido o chip me senti bem pela primeira vez em minha vida adulta”, disse Karmen McGuffe.