Estado faz campanha contra a varicela

A Secretaria Municipal da Saúde começou nesta semana ações de orientação e prevenção contra a varicela – catapora -, doença que tende a concentrar o maior número de casos nesta época. As unidades municipais de saúde registram deste o começo do mês um aumento de diagnósticos. Até o último dia 20 foram atendidos 1.139 casos, contra 796 do mesmo período de 2002 e 889 de setembro de 2001. Novo boletim deve ser divulgado hoje ou na próxima segunda-feira. Como a doença não é de notificação obrigatória, a Secretaria Estadual de Saúde não dispõe de dados sobre o Estado. Mas nesta época, o número de casos costuma se elevar em todo o Paraná.

“São números que não caracterizam um surto, mas é importante que as pessoas fiquem atentas para os sintomas da varicela e tomem os cuidados necessários para preveni-la”, informou a diretoria do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Karin Luhm.

A Secretaria Municipal da Saúde monitora desde 2000 a ocorrência de varicela em Curitiba, por meio dos atendimentos nas unidades de saúde, internamentos pelo SUS e óbitos. A varicela é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, porém benigna, com pequeno número de internações e complicações. Foram apenas 46 internamentos desde 2000 e seis óbitos. A doença vitimou principalmente pacientes do grupo de imunodeprimidos.

É causada pelo vírus varicela-zoster e acomete principalmente crianças. Em crianças sadias, a varicela dura de quatro a cinco dias. Se manifesta com febre e o aparecimento de bolhas em todo o corpo, que evoluem para crostas, até a cicatrização.

Em adultos e idosos, a doença pode ter agravantes, sobretudo em pessoas infectadas pelo HIV, transplantados ou portadores de neoplasias. A varicela é transmitida diretamente pelo doente, por gotículas de secreção de nasofaringe, ao tossir ou falar, ou pelo contato com as lesões de pele. O período de maior transmissibilidade começa dois dias antes do aparecimento das bolhas na pele e vai até a fase das crostas – normalmente seis dias. A incubação varia de duas a três semanas.

No caso de suspeita da doença, a pessoa deve procurar sem demora um serviço de saúde. Crianças devem ser afastadas da escola até o sétimo dia após o surgimento das lesões ou até que todas virem crostas.

Outros cuidados: higiene adequada; manter aparadas as unhas das mãos das crianças, para evitar lesões que provoquem infecções por bactérias; nunca dar aspirina (ácido acetil salicílico) à uma criança doente, o que pode causar a Síndrome de Reye.

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