Colina, boa para a memória

Essencial para o desempenho de funções importantes do organismo, mas pouco conhecida, a substância colina precisa estar presente no cardápio com mais freqüência do que se sabia. O motivo: ela é uma grande aliada da memória. Mas o que é colina e onde encontrá-la? O cardiologista e nutrólogo do IMeN – Instituto de Metabolismo e Nutrição – Carlos Daniel Magnoni explica que colina é um nutriente fundamental para o desenvolvimento cerebral humano, com atuação relacionada às funções da memória. Embora conhecida como o mais novo nutriente essencial, principalmente durante a gestação, os especialistas em nutrição conhecem a colina há anos, mas somente hoje entenderam o quanto este nutriente é indispensável.

A Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos, reconheceu o nutriente como essencial em 1998, destacando que, quando ingerido em quantidades ideais, pode afetar positivamente o desenvolvimento cerebral – incluindo a memória por toda a vida – saúde cardiovascular e função hepática. Dentre os alimentos ricos em colina, estão a lecitina de soja, o bife de fígado e a gema de ovo. Um novo estudo, chamado de Choline Awareness in America, realizado por pesquisadores de três universidades americanas, sugere que mulheres norte-americanas não estão ingerindo a quantidade suficiente de colina para promover o desenvolvimento normal do cérebro do feto durante a gravidez.

Magnoni explica que a colina é transportada, através da placenta, da mãe para o feto. Da mesma forma, a concentração de colina no leite materno é 100 vezes maior do que no nível da corrente sangüínea da mãe. ?Por esta razão é recomendado um nível de ingestão mais alto para mulheres grávidas ou em lactação?, revela.

O nutrólogo comenta que 314 mg de colina – a mesma quantia consumida em média pelos americanos – podem estar contidos na mesa do brasileiro numa refeição que inclua arroz, feijão, bife, salada e frutas. Mesmo que consumisse essa quantidade, o brasileiro, de acordo com o estudo, ainda estaria longe da quantia recomendada pelos órgãos de saúde. Magnoni lembra que a colina pode ser encontrada na lecitina de soja usada em produtos como barras de cereais, bebidas nutricionais, cereais matinais, produtos de panificação e para consumo direto.

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