Calor atípico já atrai aranha-marrom

Em 2003 foram registrados 3.619 casos de picadas de aranha-marrom em Curitiba, pela Secretaria Municipal de Saúde (Smsa). Neste ano, o período de maior ocorrência do aracnídeo ainda não chegou, mas as altas temperaturas registradas nas últimas semanas podem favorecer o aparecimento das aranhas.

Segundo a Smsa, o período em que se registram mais casos de picadas vai de outubro a abril. Durante o inverno, com pouca oferta de alimento, o aracnídeo baixa seu metabolismo e quase não se movimenta para não gastar energia. No calor, com abundância de comida, a aranha tem mais contato com as pessoas.

E, mesmo se tratando de um calor fora de época, a atenção tem que estar presente para se evitar qualquer possibilidade de contato com a aranha.

O biólogo da Smsa, Marcelo Luiz Vettorello, alerta para cuidados básicos a serem tomados. Observar as roupas e os calçados antes de colocá-los, prestar atenção em roupas de cama e banho, além de manter limpos os quadros, os espaços de armários, camas e prestar atenção em frestas das paredes, podem evitar o contato com a aranha. Outra ação destacada pelo biólogo é eliminar todas as teias que forem encontradas. “Ainda não tivemos informações sobre picadas nesse período, apesar do calor. Mesmo assim é importante seguir esses cuidados, para evitar a picada”, informou.

As aranhas-marrons chegam a viver seis anos, e ficam adultas em um ano e meio, na média. Elas chegam a desovar até seis vezes com a mesma cópula, que pode durar uma hora e meia, resultando cerca de 70 filhotes em cada uma.

De acordo com a Smsa, caso aconteça a picada, a pessoa deve procurar qualquer unidade de saúde para que o soro antiloxascélico seja aplicado, evitando maiores complicações. A aranha pica para se defender, geralmente quando pressionada contra o corpo. A picada é indolor e só vai apresentar algum indício entre 8 e 10 horas depois, como ardor, coceira e uma pequena ferida. “Mesmo não estando no verão, a prevenção é o melhor a ser feito. Independente de estar numa estação definida, os cuidados podem evitar a proliferação das aranhas”, disse o biólogo.

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