Automedicação é uma prática que pode ser fatal

Mais de 24 mil pessoas morrem no Brasil vítimas da automedicação. O dado apresentado pela Abifarma, referente a 2008, serve de alerta à população que tem cerca de 80 milhões de pessoas adeptas dessa prática.

Cristiano Ricardo dos Santos, professor do curso de Farmácia explica que há medicamentos de venda livre, utilizados para o alívio de sintomas e conforto do paciente, como em caso de resfriados, difícil digestão e leves queimaduras solares, entre outras, que podem ser utilizados por no máximo sete dias.

“Mesmo no caso de utilização de medicamentos de uso livre, a recomendação é de que sempre busque um farmacêutico para auxiliar na escolha do medicamento mais adequado”, orienta. Quando se utiliza medicamentos que necessitam de receita médica, sem a devida prescrição, os problemas podem ser mais graves.

“Ao utilizar um antibiótico, por exemplo, pode-se causar a resistência microbiana, sendo necessário um medicamento mais potente”, diz o farmacêutico. Crianças, adolescentes e idosos formam a camada mais representante dos adeptos da automedicação.

Levando-se em consideração que as crianças estão em formação física e os idosos são mais frágeis e vulneráveis, a possibilidade de problemas mais graves é maior.

Informação precisa e de forma que a população compreenda é sempre a melhor saída. Mas, enquanto essa ainda não seja a realidade, são necessários controles especiais e regrais mais rígidas que possam nortear a população para que percebam os riscos da automedicação.