Aumenta número de mamografias no SUS

Número de mamografias no Brasil cresceu 73% entre 1997 e 2001. Enquanto há cinco anos eram realizados, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 809 mil exames de mamografia por ano, hoje esse número chega a 1,4 milhão. A rede pública de saúde conta hoje com 792 mamógrafos distribuídos em 784 hospitais em todo o País. Em 1998, somente 455 unidades de saúde vinculadas ao SUS possuíam esses aparelhos.

Nesses últimos anos, o Ministério da Saúde comprou 93 mamógrafos de alta tecnologia, que permitem realizar o diagnóstico do câncer por meio de biópsia.

O valor repassado para a realização de mamografias também cresceu de maneira significativa nos últimos anos. Em 2001, o Ministério da Saúde destinou R$ 44,54 milhões para esse procedimento. Em 1997, foram empregados R$ 16,49 milhões nesses mesmos exames.

Ou seja, 170% a menos que no ano passado.

Fatal – O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres devido a sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. A doença é relativamente rara antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária a incidência cresce rápida e progressivamente. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, no ano passado, 31.590 mulheres tenham sido atingidas pela moléstia e 8.670 morreram vítimas da doença. Entre 1979 e 1998, a taxa de mortalidade por câncer de mama cresceu 68% no País.

A urbanização provavelmente levou ao aumento da exposição a fatores de risco desse tipo de câncer, como a obesidade e a primeira gravidez em idade tardia. Segundo o Inca, o tumor de mama lidera o ranking dos tipos de câncer que mais atinge a população feminina, com 36,47 casos para cada 100 mil mulheres.

Saúde Brasil.

Para saber mais sobre o câncer de mama

* Sintomas – O sintoma do câncer de mama já localmente detectável ao exame físico é o aparecimento de nódulo ou caroço no seio, com ou sem irritação e dor no local.

* Fatores de risco – as causas de câncer de mama são ainda desconhecidas. O histórico familiar constitui o fato de risco mais importante, especialmente se o câncer ocorreu na mãe ou em irmã, se foi bilateral e se desenvolveu antes da menopausa. Outro fator é a exposição à radiação ionizante antes dos 35 anos.

Continua sendo alvo de muita discussão o uso de contraceptivos orais e a sua relação com o câncer de mama.

Aparentente, certos subgrupos de mulheres, com destaque para as que usaram pílulas com dosagens elevadas de estrogênios ou por longo período de tempo têm maior perigo. Outro fator é a ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, pois isso gera um aumento moderado do risco de câncer de mama.

* Detecção precoce – as formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia.

* Exame clínico das mamas – O exame clínico quando realizado por médico ou enfermeiro treinado, é capaz de detectar tumores superficiais de pequeno volume (1cm). Ele deve ser realizado anualmente e o médico indicará a necessidade ou não de mamografia.

* Auto-exame das mamas – visa estimular o cuidado da mulher consigo mesma e deve ser realizado regularmente no período entre o exame clínico das mamas. A melhor época é uma semana após a menstruação.

Para as mulheres que não menstruam mais, o auto-exame deve ser feito em um mesmo dia de cada mês. No auto-exame, as mulheres devem procurar:

* Diante do espelho: deformação ou alterações no formato das mamas; abaulamentos ou retrações; ferida ao redor do mamilo.

* No banho ou deitada: caroços nas mamas ou axilas, secreções pelos mamilos.

Caso encontre alguma anormalidade, lembre-se que é importante procurar um serviço médico: os ambulatórios, postos e centros de saúde pública podem ajudar.

Quanto mais cedo melhor!

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