Santa Tereza resgata cultura para atrair turistas

A história da colonização e da vida dos moradores da cidade de Santa Tereza, próxima ao Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, será contada em forma de teatro para quem visitar o município. Próximo às cidades de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, Santa Tereza tem apenas cinco mil habitantes que vivem do cultivo da uva, fornecida às vinícolas das cidades vizinhas.

A partir deste semestre esta realidade vai mudar. Quem estiver de férias nas Serras Gaúchas vai incorporar Santa Tereza ao hall de cidades do tour. Mas o grande atrativo não serão só as plantações de uvas. A vida e a história daquele povo, seus costumes, danças, culinária, modo de falar, de se vestir e a tradição gaúcha serão relatados em forma de contos.

A coordenadora do projeto Cara Brasileira do Sebrae no Rio Grande do Sul, Vânia Regina Silva Fernandes, conta que a idéia de aliar história e cultura ao turismo faz parte do trabalho do Movimento Brasil de Turismo e Cultura. O projeto é uma parceria do Sebrae com o Instituto de Hospitalidade e está sendo levado à Santa Tereza para desenvolver o potencial turístico local. Segundo Vânia, apesar de estar entre cidades famosas da Serra Gaúcha, Santa Tereza não tem histórico de turismo. ?O objetivo, então, é incentivar esse segmento, destacando o que a cidade tem de melhor, que é a sua gente?, disse.

Torre da Igreja Matriz, na Praça Massimiliano
Cremonese: símbolo.

Para tanto, foram levantadas as principais características do lugar, desde a colonização pelos poloneses, em 1855, e pelos italianos do Norte daquele país, em 1877, até os costumes, as danças, a culinária, o modo de falar, de se vestir e a tradição gaúcha. Tudo isto será retratado em forma de teatro ao ar livre, entre as casas e ruas da cidade, o que está sendo chamado de ?álbum vivo?, intitulado ?Santa Tereza – Uma História que se conta…?.

A primeira encenação acontecerá entre os dias 14 e 16 de outubro e a idéia é que outras apresentações ocorram periodicamente, de forma agendada, para atender a demanda dos turistas.

As pessoas da própria cidade estão participando do processo de montagem do esquete e vão contar suas histórias e o resultado da mistura de etnias daquele lugar. ?O trabalho vem resgatando a auto-estima dos moradores da cidade e isso ajuda a impulsionar a ação e focar no desenvolvimento sustentável através do turismo?, acredita Vânia.

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