Hotelaria curitibana terá 19,5 mil leitos

Mesmo com as baixas taxas de ocupação que a hotelaria curitibana vem registrando nos últimos anos, o setor não pára de receber investimentos e novos empreendimentos. De acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba (Sindotel), está prevista a inauguração de treze hotéis para 2004 e 2005, o que elevará o número de leitos da capital paranaense para aproximadamente 19,5 mil.

Atualmente existem 149 hotéis e flats na cidade e em sua Região Metropolitana, operando com taxas de ocupação de 40%, em média, principalmente os empreendimentos independentes, que não pertencem a grandes redes nacionais e internacionais. O presidente da entidade, Emerson Jabur, avalia o momento como preocupante para a categoria. “Estamos verificando que os hotéis independentes da cidade, em sua maioria, estão em situações difíceis, chegando até mesmo a fechar. Esse quadro está prejudicando todo o parque hoteleiro, que é obrigado a reduzir a qualidade do serviço e a empregabilidade do setor”, explica.

Segundo o secretário municipal de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur, entre os anos de 1997 e 1999, o número de alvarás expedidos para a construção de hotéis em Curitiba e região realmente aumentou. No entanto, de 2000 para cá, as solicitações caíram consideravelmente. No ano passado, foi licenciada, dentre todos os alvarás emitidos, a construção de quatrocentos mil metros quadrados, enquanto nos anos anteriores este número alcançava uma média de 1,2 milhão. O secretário também explicou que desses quatrocentos mil metros quadrados, cem mil, ou seja, 25% da construção realizada em Curitiba e região, foram solicitados para shoppings. “Hoje, a emissão de alvará para a construção de hotéis é praticamente zero. O que acontece é que estes empreendimentos que estão sendo construídos já solicitaram a licença há algum tempo”, justificou Jamur durante visita ao Sindotel Curitiba, no último dia 8.

No entanto, outros dados apontados pela pesquisa do sindicato mostram que, mesmo que a emissão de alvarás tenha reduzido, a situação ainda é preocupante e exige atenção. No levantamento consta que a receita bruta de 2003 chegou a R$ 65 milhões. “Este resultado poderia até ser considerado satisfatório, pois foi igual a 2002, no entanto, este valor foi dividido entre mais hotéis”, explica Emerson Jabur, lembrando que o número de leitos existentes em 2003/2004 era de 16.598, contra 14.993 em 2002. “Agora, a expectativa é maior porque serão adicionados mais três mil leitos ao nosso parque hoteleiro até 2005 e a tendência da taxa de ocupação é cair ainda mais”, prevê. Dentre os hotéis que estão sendo construídos ou estão funcionando em soft opening, esperando inauguração oficial, oito pertencem a redes e outros cinco são particulares. São eles: Íbis e Fórmula 1 (Rede Accor), Bristol Hotéis & Resort, Pestana, Valentine de Lucca, Laucas, Flat Transamérica, Confort (Four Points Sheraton), Holiday Inn (duas unidades), Crowne Plaza Life Concept (único hotel-boutique do Paraná), Wischral Hotéis e Hotel 10.

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