CVC estuda novos negócios e anuncia metas

Ao contrário do que se especulou até a semana passada, a possível parceria entre a CVC, maior operadora de turismo da América Latina, e a Casas Bahia, maior rede varejista nacional do ramo de eletroeletrônicos e móveis, não se confirmou. Para entrar no mercado, a rede de lojas escolheu a Sancatur. Esse e outros possíveis novos negócios da operadora ganharam destaque, na semana passada, durante o 12.º Work- shop CVC, evento realizado em São Paulo, que atraiu dez mil agentes de viagens do Brasil e exterior.

O que se percebe é que a operadora continua expandindo os seus negócios e que um desses horizontes pode levar ao ramo hoteleiro: a empresa será uma das participantes da licitação para administrar o Hotel Tropical, em Foz do Iguaçu. ?Provavelmente entraremos?, limitou-se a dizer o presidente da CVC, Guilherme Paulus.

Hoje, o que se tem de concreto é que a maior operadora de turismo do Brasil pretende, este ano, alcançar a meta de dez milhões de passageiros transportados ao longo desses 34 anos de existência. O número atual é de 8,5 milhões. Outra meta arrojada é a venda de 1,5 milhão de pacotes de viagens contra os 1,2 milhão vendidos no ano passado. A operadora comercializa hoje cerca de 40% do total de pacotes vendidos no Brasil. ?Cada feira que realizamos, aumentamos em 20% as nossas vendas. A expectativa é a de que este evento gere mais de R$ 300 milhões em negócios no decorrer do ano?, informa o vice-presidente da CVC.

Uma das novidades anunciadas durante o evento foi o lançamento dos pacotes nacionais e internacionais até o Carnaval de 2007. ?Este ano, a estabilidade da economia e uma inflação em 4,5% nos dão condições de fazer uma projeção e vender pacotes com um ano de antecedência?, comemora. ?Nós já perdemos muitas vendas por não poder projetar o preço de um pacote?, lembra. Segundo o vice-presidente, os pacotes serão vendidos este ano em até 15 vezes sem juros.

A CVC continua investindo nos cruzeiros marítimos e, a partir de novembro, entra no mercado com um novo navio: Grand Voyager, da espanhola Iberostar, que vai realizar roteiros de Balneário Camboriú (SC) a Porto Seguro (BA). Os três outros navios – Pacific, Blue Dream e Mistral, que transportaram na temporada 2005/2006 mais de setenta mil passageiros – voltam no próximo verão.

A baixa cotação do dólar estimula a CVC a apostar este ano novamente no mercado internacional. Cancun volta a ser vendida, com pacotes incluindo vôos charters a partir de julho, assim como San Martin. Para Isla Margarita, a operadora, desde o réveillon, oferece pacotes com saídas todas as terças-feiras, a partir de Manaus (AM) e deve continuar o ano todo. Argentina e Chile devem ser bem procurados, segundo as projeções da operadora. A novidade da temporada de inverno será Villa Angustura, próxima a Bariloche. Em relação à Europa, novos circuitos rodoviários, a serem realizados de maio a outubro, visam aumentar em 25% as vendas de pacotes para aquele continente. Quanto a Brasil, Nordeste e a Serra Gaúcha devem continuar sendo os destinos preferidos.

A jornalista viajou a convite da CVC Turismo.

Casas Bahia entra na disputa do turismo

A Casas Bahia, maior rede varejista de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis do Brasil, firmou uma parceria com a Sancatur – agência de viagens e turismo com onze anos de mercado e sede em São Caetano do Sul, cidade onde está localizada a matriz da empresa para a venda de pacotes turísticos em lojas da rede. A princípio, o acordo prevê a instalação de pontos de venda em seis filiais, nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá – todas na Região do ABC – além de outro na filial da Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, que vão operar a partir de abril.

Segundo Michael Klein, diretor executivo da Casas Bahia, a iniciativa de testar novos serviços e produtos dirigidos aos clientes nas lojas vem sendo conduzida pela rede há dois anos, em parceria com empresas de vários segmentos, como a Nestlé e o Bradesco. ?O setor de turismo vem crescendo muito nos últimos tempos, principalmente entre o nosso público alvo, as classes populares. O que estamos fazendo é unir uma oportunidade de negócio à realização dos sonhos de nossos clientes?, afirma Klein.

A expectativa das duas empresas é comercializar aproximadamente 1,4 mil pacotes (terrestres e marítimos) e cerca de doze mil passagens aéreas ao ano. A longo prazo, o projeto deve ser ampliado para cem filiais. Entre as opções que os clientes terão acesso, estão pacotes aéreos e rodoviários nacionais e internacionais, cruzeiros marítimos, traslados, seguro pessoal e locação de veículos.

Voltar ao topo