Bombinhas fica mais irresistível

Difícil resistir a um mergulho nas águas calmas e cristalinas da simpática Bombinhas, localizada na região litorânea de Santa Catarina conhecida por Costa Esmeralda.

Contam por lá que o turista que se banha nas suas praias fica enfeitiçado e sempre volta. Esta é apenas uma das muitas lendas e mistérios desta região, localizada a meio caminho entre a capital Florianópolis, ao sul, e Balneário Camboriú, ao norte.

A simplicidade do povo, com seus costumes e tradições açorianos, as praias de águas límpidas e areia branca, com a floresta atlântica preservada e as várias opções de lazer integradas à natureza mostram que Bombinhas continua sendo reduto de férias para variados tipos de viajantes.

Mergulho na Praia da Lagoinha permite contato com rica vida marinha.

São 19 praias, algumas de mar calmo, ideais para famílias com crianças, como as da Central, Bombas, Canto Grande e Zimbros; com ondas propícias para a prática do surfe e windsurfe, como Mariscal e Quatro Ilhas; de águas transparentes que convidam para um mergulho, como as da Lagoinha e Sepultura; além das desertas, como a da Costeira de Zimbros, em que o acesso é possível somente por trilha ou barco.

Na baixa temporada, então, este balneário fica ainda mais atraente. Os preços dos hotéis, pousadas e restaurantes ficam mais convidativos. O mês de março, aliás, é comemorativo ao aniversário desta jovem cidade, que completa 17 anos no próximo domingo (15). E os eventos também atraem turistas.

Além disso, para quem pretende pegar praia, a secretária de Turismo do município, Nívea Bücker, garante que este mês é dos melhores. “Março é o mês mais quente em Bombinhas. Também chove menos e a praia fica maravilhosa”, garante. Para quem pretende evitar tumulto, mais uma vantagem.

“Tem um movimento legal, mas não tão intenso, o que proporciona melhor aproveitamento dos atrativos da cidade. Além disso, com os preços mais baixos, o turista pode ficar mais tempo.” Segundo a secretária, algumas pousadas chegam a baixar as tarifas em até 50%.

Vista do Morro do Macaco: local pode ser acessado por trilha.

Passado o Carnaval, este paraíso também atrai um público diferente. “Vêm muitos casais e excursões provenientes dos países do Mercosul, compostas por pessoas da terceira idade.”

Dentre as opções de lazer oferecidas em Bombinhas estão o mergulho (as escolas funcionam o ano inteiro), roteiros culturais e ecoturismo – há belíssimas trilhas a serem percorridas na região, como a do Morro do Macaco, que fica na praia de Canto Grande, no parque de mesmo nome. E no inverno, entre os meses de maio e julho, acontece a pesca da tainha.

Pratique mergulho ecológico

Além da beleza das praias, Bombinhas é nacionalmente conhecida pelas boas condições para o mergulho ecológico.

O local preferido é a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Na mais antiga escola de mergulho da região, a Submarine, durante a alta temporada os barcos levam cerca de 50 a 60 pessoas para mergulhos, a maioria para o chamado “batismo”, que é o primeiro contato com o fundo do mar numa profundidade de até dez metros.

“O batismo é só uma aventura de mergulho”, afirma o instrutor Luiz Gustavo Cornélio, que tem no currículo mais de 900 mergulhos.

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O instrutor explica que o mergulho não é um esporte perigoso, se praticado dentro das normas de segurança.

“No primeiro mergulho, a pessoa vai sempre acompanhada do instrutor”, explica.

Ao fazer o curso, o aluno recebe o certificado da Scuba Schools International (SSI), que dá direito a mergulhar em qualquer lugar do mundo.

Comemorações de aniversário

Neste aniversário, Bombinhas realiza a nona edição do Festival de Embarcações a Remo.

Trata-se de uma corrida de canoas de um pau só, comandada por famílias de pescadores. “Temos canoas centenárias, que passam de geração em geração, e que geralmente só saem dos ranchos de pesca na época da pesca da tainha e durante o festival”, explica a secretária de Turismo, Nívea Bücker.

São pelo menos 15 canoas, divididas em três categorias. “O evento visa a resgatar a tradição pesqueira de Bombinhas”, resume a secretária, lembrando que a pesca era a principal atividade econômica da vila até a década de 80, quando começou a despontar o turismo.