Arte, fé e devoção no Corpus Christi

Evento máximo do calendário católico do município. Em Castelo, no fim da década de 50 já era costume erguer altares em determinados pontos da cidade. As ruas eram enfeitadas com folhas de árvores e as janelas e sacadas eram ornamentadas com toalhas de renda (ou bordadas), jarras de flores e outros detalhes que davam ao local um aspecto festivo e solene, preparado especialmente para a passagem da procissão dos fiéis.

No início da década de 60 uma irmã que vivia na cidade, Zuleide “Vicência”, com ajuda dos fiéis, inovou e confeccionou um pequeno tapete com motivos geográficos junto ao altar em frente à Capela Nossa Senhora das Graças, da Santa Casa de Misericórdia. Em 1964, com o apoio do Frei José Osés, vigário da Paróquia, um grupo decidiu fazer os tapetes no centro da cidade. Em 1965 algumas outras ruas foram enfeitadas e percorridas em procissão. Com isto, a festa ganhou notoriedade.

Das folhas secas de mangueira usadas inicialmente, novos produtos foram sendo acrescentados, entre eles terra vermelha, flores e palha de café e arroz, pedras granuladas, moídas, brancas ou coloridas, borra de café, ramos picados de ciprestes, pó de serra tingido (ou natural), pó de pneus, cal, tampinhas de garrafas pet, bolas de gude e muitos outros.
Na véspera da festa, os moradores passam a noite confeccionando os tapetes, à espera dos turistas que prestigiam esta grande festa da fé. No ano passado, cerca de 50 mil turistas compareceram ao município.