Plantas antiofídicas em questão

O professor da Unidade de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Andreimar Martins Soares, ganhou o Prêmio José Pedro de Araújo de 2004. O estudo liderado pelo cientista, intitulado “Plantas medicinais antiofídicas: as drogas do futuro como tratamento alternativo e complementar à soroterapia tradicional”, verificou as propriedades antiofídicas de plantas medicinais por meio do isolamento e caracterização de substâncias capazes de inibir a ação dos venenos de serpentes.

Foram realizados ensaios in vivo e in vitro após incubação de venenos de oito serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus com dez diferentes extratos de plantas e inibidores isolados. “Os testes de inibição das atividades enzimáticas, farmacológicas e tóxicas dos venenos comprovaram a eficiência dos extratos de diferentes partes dessas plantas”, disse o pesquisador.

“Conseguimos comprovar que a flora brasileira possui uma ampla variedade de plantas medicinais com potencial antiofídico que podem ser utilizadas no futuro como drogas de interesse médico-científico”, disse Soares. Segundo o estudo, as espécies vegetais estudadas demonstraram eficiência antiofídica frente aos diferentes venenos e toxinas isoladas como, por exemplo, fosfolipases A2, metaloproteases, miotoxinas, neurotoxinas e L-aminoácido oxidases.

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