O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) está construindo um laboratório para testes exclusivos de emissão de poluentes e de qualidade de combustíveis de motos, triciclos e quadriciclos. A Célula de Pesquisa para Veículos Ciclo motores, que tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2009, será o único laboratório independente da América Latina apto a fazer este tipo de análise. Os equipamentos, um dinamômetro e um conjunto de bancadas para motos, já têm pedidos de compra junto à japonesa Horiba e à alemã AVL, pelo valor aproximado de R$ 2,2 milhões. O projeto é uma parceria do instituto paranaense com a Petrobras.
O diretor-superintendente do Lactec, Luiz Malucelli afirma que o projeto para a construção dos novos laboratórios tem investimento de R$ 6,5 milhões, feito pelo Centro de Pesquisas da Petrobas (Cenpes)
e que a compra dos equipamentos é mais um passo importante para as novas instalações. “A bancada de testes será modelo para todo o Brasil e América Latina porque não existe nada igual operando com essa tecnologia em laboratórios independentes no país hoje”, disse Malucelli, lembrando que o desenvolvimento do estado é uma meta de toda a equipe técnica do Lactec.
A bancada de análises do Lactec possibilitará muito mais economia para os fabricantes que estiverem instalados no país, ou que venham ao Brasil para investir em suas montadoras. Nela também poderão ser feitos testes em motores e combustíveis de pequenos automóveis, como os carros populares de baixa potência. Os dois laboratórios hoje no Brasil que têm tecnologia semelhante estão em Manaus e aplicam seus testes exclusivamente nos produtos das marcas Honda e Yamaha.
De acordo com o pesquisador do Laboratório de Emissões Veiculares (Leme) do Lactec, Renato Penteado, o dinamômetro e o conjunto de bancada de análises têm capacidade de 110KHW e são ideais para pequenos motores. “A unidade atuará na produção e no desenvolvimento. Isso significa que haverá a possibilidade de fazer pesquisas inéditas em emissão e avaliação de motores e catalisadores, podendo inclusive gerar inovação para o setor. Além disso, apenas o Lactec poderá homologar a qualidade dos produtos para os fabricantes”, disse o pesquisador.