Embrapa mapeia solo de Santa Catarina

A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com sede no Rio de Janeiro, lançou uma importante ferramenta de auxílio aos profissionais envolvidos com as pesquisas de solos no Sul do país.

A nova versão do Mapa de Solos do Estado de Santa Catarina, que reúne estudos desenvolvidos em mais de 50 anos por especialistas em ciência do solo, tem o objetivo de cartografar os recursos disponíveis no território catarinense para auxiliar as instituições de ensino e pesquisa, produtores rurais e empresas de planejamento agrícola, pastoril ou florestal. ?A idéia é gerar informação básica para fomentar a tomada de decisões por parte dos gestores públicos no que diz respeito ao zoneamento e ocupação dos solos catarinenses?, disse Humberto Gonçalves dos Santos, um dos coordenadores do projeto.

Uma das novidades da nova versão, que tem escala 1:250 mil (1 cm por 2,5 km), está na utilização do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, que disponibiliza resultados de pesquisa de campo nas linhas de morfologia, física, química e mineralogia de solos.

O sistema permite a classificação de todos os solos do território catarinense em seis níveis diferentes: ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, família e série. Cada nível corresponde a um grau de generalização. A ?ordem? é o mais genérico, enquanto a ?série? compreende o nível mais detalhado da classificação. ?O território de Santa Catarina é composto predominantemente por cambissolos, latossolos e argissolos?, explica Santos. ?O estado conta ainda, em suas regiões mais baixas, com neossolos flúvicos e neossolos litólicos?, acrescenta.

Para Santos, as informações do mapa serão úteis para a compreensão da dinâmica da paisagem estadual, pois poderão auxiliar na conservação dos recursos hídricos e na implementação de rotas de transporte e de corredores de desenvolvimento. ?É uma ferramenta eficiente na segmentação de paisagens, ao identificar as áreas com maior potencial para investimento agrícola e conseguir analisar as regiões propícias à ocupação humana?, disse.

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