Descoberta uma nova espécie de aranha no Paraná

Uma nova espécie de aranha-caranguejeira foi descoberta na cidade de Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro do Estado. A espécie pertence à família Nemesiidae, um grupo de pequenas caranguejeiras que vive no solo. Os exemplares fazem parte da Coleção Aracnológica ?Dra. Vera Regina von Eickstedt?, do Centro de Produção e Pesquisa Imunobiológica da Secretaria de Saúde (CPPI), e foram encaminhadas para os pesquisadores do Instituto Butantan.

A parceria entre a Secretaria e o Instituto Butantan resulta na troca de informações e apoio técnico-científico. O instituto paulista fez uma homenagem ao curador da coleção do Centro, o biólogo Emanuel Marques da Silva, e denominou a nova espécie com o nome científico de Psalistopoides emanueli. Este foi um ato de agradecimento à Secretaria, devido ao empenho na área de aracnídeos de importância médica no Paraná. ?É sempre bom ser reconhecido por um trabalho e o Paraná vem trabalhando muito para que possa ganhar lugar de destaque no cenário nacional?, disse o secretário de Saúde, Cláudio Xavier. Segundo ele, esta foi mais uma conquista que demonstra o empenho de todos para que possam construir um Estado cada vez melhor.

Esta parceria também ajuda a Secretaria de Saúde do Paraná a receber e catalogar todas as espécies de aranhas com o objetivo de conhecer as aranhas mais comuns que convivem próximo às residências da população.

A coleção de aranhas do Centro é feita com a ajuda da população, que normalmente as encontra dentro de casa ou no quintal de suas residências. Ao todo já são mais de 1,6 mil lotes de aranhas e mais de 20 famílias catalogadas pelo Centro.

A aranha ?tímida? não traz perigo ao homem, porém maiores estudos sobre esta espécie deverão ser realizados em parceria com o Instituto Butantan. Algumas aranhas-caranguejeiras foram enviadas para a identificação da espécie no Instituto e a novidade surgiu no final do ano passado. As descobertas foram publicadas recentemente na Revista Brasileira de Zoologia nº 23, em junho deste ano. ?As caranguejeiras mais estudadas são grandes e assustadoras para a maioria das pessoas, porém existem exemplares de tamanho pequeno e, como esta nova espécie, merecem toda a atenção dos cientistas?, lembra o biólogo do Centro, Emanuel Marques.

Voltar ao topo