Brasil na vanguarda da produção de stents para coração

Dominar a tecnologia de produção de stents coronarianos pode levar o Brasil a participar do grupo de países que fabricam esses dispositivos, inseridos em veias ou artérias por meio de cirurgias de angioplastia com o objetivo de desobstruí-las para que o sangue flua normalmente.

O primeiro passo para a produção nacional dessas próteses foi dado no começo de março no Instituto do Coração (InCor), de São Paulo, com a colocação de um stent na artéria de um coelho. A pequena peça metálica foi desenvolvida pela empresa paulistana LaserTools, que a produziu por meio de feixes de laser. O procedimento representou o início de um longo processo de ensaios clínicos que culminarão com testes em humanos dentro de aproximadamente um ano.

Só então, caso os resultados sejam satisfatórios, o dispositivo será liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial. "Estamos confiantes de que isso vá acontecer em dois ou três anos. Até lá, teremos que vencer algumas barreiras", diz o físico e pesquisador Spero Penha Morato, sócio da LaserTools.

A fabricação desse implante é de grande importância, porque existe atualmente no Brasil uma demanda da ordem de 90 mil stents coronarianos por ano e todos os dispositivos implantados são importados. 

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