Mulheres de Sucesso: a vereadora Josete

Professora por formação, há quase dez anos, Josete Dubiaski da Silva, 49 anos, se dedica também à proteção e ampliação dos direitos das mulheres, além da defesa da educação. A vereadora do PT, eleita pela primeira vez em 2004, é uma das únicas cinco mulheres que compõem o quadro de parlamentares da Câmara Municipal de Curitiba. Aqui no TDelas, ela conta como é seu trabalho em prol dessas causas.

– Como era seu trabalho como professora antes de ser vereadora?

Fui professora tanto da rede municipal quanto da estadual, na área de Ciências Biológicas, minha formação. Dei aula para quase todas as idades, menos na educação infantil e no ensino superior. E sempre tive um posicionamento crítico, ainda mais porque estávamos em uma época de abertura democrática (ela começou em 1985).

– Quando começou a participar de movimentos sociais e se interessar pela política?

Sempre participei da associação dos professores do município, o atual Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), como representante de escola. Em 1990, me filiei ao PT por acreditar que o partido tinha uma proposta diferenciada para o nosso país. E entrei para a diretoria do sindicato em 1997.

– De que forma essa militância evoluiu para uma candidatura a vereadora?

Como membro da diretoria e, mais tarde, presidente do sindicato, passei a ter um envolvimento maior com lutas para melhores salários e educação de qualidade. Nessa época, um grupo de professores achou que era importante ter um representante da categoria na Câmara e entendeu que meu nome era o melhor para esse projeto.

– Desde então, em que se baseia seu trabalho como vereadora?

Além de debater a criação de políticas públicas para a educação, tento promover discussões sobre os direitos das mulheres, principalmente em relação à violência. Participo de um movimento feminista, a Marcha Mundial das Mulheres, e sempre estou envolvida em seminários e oficinas em espaços na periferia, onde as mulheres se encontram em situações de maior vulnerabilidade.

– Curitiba já avançou bastante ou ainda precisa melhorar nesse aspecto?

De forma geral, já avançou bastante sim. Hoje, temos a Secretaria Municipal da Mulher, uma grande conquista para garantir a interface com outros órgãos. Mas, ainda precisamos ampliar serviços e ter programas diferenciados, formando uma verdadeira rede de atenção às mulheres.

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