Para quem tem intolerância à lactose, qualquer chocolatinho pode ser um veneno. A síndrome atinge uma porção significativa da população, causa mal-estar e compromete a qualidade de vida, mas tem tratamento. Recentemente, foi anunciada a chegada da lactase em pó ao mercado brasileiro, disponível para compra no site www.digelac.com.br. Antes, ela era encontrada só em cápsulas manipuladas ou importadas.
No entanto, o uso da enzima deve acontecer somente quando a quantidade de lactose ingerida é atípica. “Leite e derivados não devem ser retirados totalmente da alimentação. O ideal é que o consumo continue, em menor quantidade, e a lactase seja usada quando a ingestão for maior”, explica a nutricionista Rubia Daniela Thieme.
O tratamento tem dado certo para a produtora de rádio e TV Fernanda de Andrade, 29 anos. “Quando descobri que tinha intolerância, passei muito mal depois de comer muito chocolate na Páscoa, mas agora não tenho mais problemas”, conta. De acordo com a médica gastroenterologista do Hospital de Clínicas (HC) Raquel de Souza, os sintomas típicos são dor no abdômen, vômito e diarreia.
“Devido a uma deficiência na produção da enzima, o açúcar do leite fica no intestino, fermenta e permite o crescimente bacteriano, causando os sintomas”, explica. A síndrome, que pode ser congênita ou adquirida, é diagnosticada por meio de exame com ingestão de lactose e acompanhamento.