Depilação a fio pode ser uma boa para regiões sensíveis

Mesmo já sendo uma atividade rotineira para qualquer mulher, a depilação pode se transformar em um momento de apreensão para muitas delas. Sensibilidade, alergia ou irritação são alguns dos incômodos que podem surgir em qualquer região do corpo depois de uma sessão para retirada dos pelos. É por isso que existem diferentes técnicas e tipos de ceras no mercado, como as de algas ou de chocolate, disponíveis em diversos salões de beleza e centros especializados em depilação, com o objetivo de evitar alguma reação indesejada. No entanto, especialistas garantem que o tempo de exposição deste tipo de produto na pele é tão curto que o produto pode não atingir o efeito desejado.

“As ceras, como quaisquer outros cosméticos, podem conter outros ativos, como o aloe vera ou a camomila, mas em função do pouco tempo em contato com a pele, não há tempo suficiente para a ação anti-inflamatória proposta. Vale a pena investir em um produto pós-depilatório, como um hidratante ou um creme anti-inflamatório. Assim, há uma ação mais prolongada, pois o produto fica na região por mais tempo”, explica a médica dermatologista Fabiane Mulinari Brenner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Paraná (SBD-PR).

Marco André Lima

Ela ainda comenta que uma depiladora com uma boa técnica pode fazer mais diferença do que o tipo de cera. A depiladora Celina Deffete, que trabalha no salão Lady & Lord Unidade Academia Swimex, por exemplo, aplica um produto especial nas clientes após as sessões, para evitar a vermelhidão. “No pós-depilatório, eu uso um tipo de gel que ajuda a aliviar bastante a sensação incômoda e a irritação”, ensina.

Fabiane alerta que existe a possibilidade de alergias com o uso da cera, assim como com outros tipos de cosméticos, pois os aditivos presentes na composição dela, como as fragrâncias e os corantes, podem causar reações adversas. O mais recomendado, portanto, é optar pela cera mais comum, feita a partir de cera de abelha e mel. “A cera natural dificilmente causa problemas de alergia”, garante Juliana Pires Brandão, sócia-gerente do Depily – Instituto de Depilação. Ela possui uma uma cor similar ao mel, variando entre um amarelo claro e um marrom claro, mas deve ser sempre translúcida.

Verificar a cor da cera e a sua condição é importante por causa da higienização e redução dos riscos de transmissão de doenças. De acordo com Fabiane, a cera utilizada na depilação deve ser descartada. Nunca pode ser reaproveitada. “No calor, as bactérias são destruídas, mas alguns vírus podem permanecer e gerar infecções variadas, como a hepatite”, destaca. Um indício de uma cera reutilizada é a coloração muito escura.

Sem desconforto

A mulher que vai fazer uma depilação encontra basicamente três técnicas disponíveis no mercado: a cera quente, a cera roll-on e a depilação egípcia (a fio). A cera quente é mais indicada para regiões onde os pelos são mais grossos, enquanto o roll-on tem melhores resultados nas pernas. Por sua vez, a egípcia é indicada para áreas mais sensíveis e para quem apresenta desconforto, sendo normalmente é utilizada no rosto, nos dedos e nos pés. “O fio não dilata o poro como a cera, mas não tem a agressão à pele, o que é bom para quem tem pele mais sensível”, indica.

Quem reclama de sensibilidade deve fica,r atenta para evitar um determinado período do mês. Nos dias anteriores à menstruação, há uma sensibilidade geral do corpo, o que pode deixar a sessão de depilação muito mais dolorida. “Aconselho as minhas clientes a evitar a depilação no período pré-menstrual. O desconforto pode ser maior”, comenta Celina. Ela ainda recomenda a preparação da pele para a depilação. Alguns dias antes, as mulheres podem aplicar pomadas (como as feitas para assaduras de bebês) na virilha e nas axilas. “Isto ajuda a regenerar a pele porque são áreas mais sensíveis, mas deve ser feito alguns dias antes, não no dia da sessão, para que a depilação se torne mais eficiente”, assegura.