Apesar da tão falada crise imobiliária, o mercado de imóveis de luxo não pareceu se abalar. Bem, pelo menos não o segmento que movimenta mais de centenas de milhões de dólares numa única transação de compra e venda e que foi retratado pela última lista das Forbes dos mais-mais. No caso, das 10 casas mais caras do mundo.
A lista é encabeçada pela Fleur de Lys, uma mansão com mais de quatro mil m2 construída numa propriedade em Beverly Hills, nos Estados Unidos, e que está avaliada em 125 milhões de dólares.
Dividindo o primeiro lugar da lista, e também avaliada em 125 milhões de dólares, aparece outra residência norte-americana: uma mansão de dois mil m2 construída em uma propriedade de campo com 40 acres (equivalente a 161, 877 m2), localizada em Greenwich (Connecticut).
Parece bastante caro, mas desde 2005 o primeiro lugar desse ranking não era ocupado por uma residência nesse valor. Nos anos anteriores, o posto de mais cara do mundo foi ocupado por propriedades como a Mansão Hearst (165 milhões de dólares) e a casa de férias de um milionário saudita em Aspen (135 milhões de dólares).
Como é feita essa lista?
A autoria do ranking é da Forbes, revista norte-americana que a-do-ra listas (é dela a lista dos mais bem vestidos, dos mais bonitos e dos mais ricos, por exemplo).
Para saber quais são as propriedades mais caras do mundo à venda, o pessoal da Forbes conversa com corretores de imóveis do segmento ultra-luxo, consulta as imobiliárias e dá uma espiadela em outros rankings.
A lista inclui apenas os imóveis anunciados, ou seja, cuja venda e valor de venda são públicos. Por conta disso, muitas mansões que ultrapassam fácil-fácil a cifra dos 100 milhões acabam ficando de fora. A explicação é simples: os proprietários dessas casas, a maioria delas localizadas na Europa, prefere a discrição de negócios fechados longe dos holofotes e da curiosidade dos outros.
Só em raras ocasiões é que o anúncio da venda efetivada é que torna público. E nesses casos, ele sempre deixa a todos embasbacados… Como foi a negociação da mansão de 20 acres localizada na Riviera Francesa e de propriedade da brasileira Lily Safra, vendida em agosto desse ano por 750 milhões de dólares. Ex-propriedade do Rei Leopoldo Segundo da Bélgica, adquirida por Edmond Safra (ex-banqueiro morto em 1999), a mansão batizada de Vila Leopoldina foi vendida a um bilionário russo sem ninguém saber. Nem desconfiar.