“O estádio do Juventus era modesto”, relembra Boluca

Na época romântica do futebol, não existiam nem alambrados nos campos de futebol, não existia a modernidade que existe nas novas arenas, mas Boluca não reclama dos campos em que pisou. ‘O Estádio do Juventus no Batel era um estádio modesto, mas o campo era bom. Aquele tempo não existia alambrado. A arquibancada era toda de madeira. E na proximidade havia um bosque muito bonito. E nos dias de jogos, aquilo enchia de gente. As partidas de futebol eram um grande acontecimento naquela época”, analisa.

O mesmo se podia dizer do velho Joaquim Américo, bem diferente do que vai se tornar no ano que vem para a Copa do Mundo, mas não menos importante e apaixonante para os torcedores rubro-negros. “O Joaquim Américo também tinha um bosque muito bonito no gol dos fundos. E então um dia aconteceu um episódio que ninguém esqueceu. E que fiquei ouvindo a minha vida inteira. Eu peguei a bola de sem pulo e mandei um petardo na entrada da área. Mas a bola subiu e parou em cima de um Pinheiro. Este pinheiro secou e disseram que eu matei o pinheiro. Aquele chute que eu dei virou um folclore’, relembra.

Ainda hoje, ou quando o Atlético mandava jogos na Baixada, qualquer atleta que chutasse uma bola muito para o alto no gol dos fundos era comparado com o chute de Boluca. “Chutou no pinheiro do Boluca”, dizem ainda, com um pouco de gozação.