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Celular curitibano é sucesso e aposta em custo-benefício

Criada em solo curitibano, a nova marca de dispositivos móveis Quantum tem uma missão difícil pela frente: conquistar a atenção dos consumidores no concorrido mercado brasileiro de celulares, dominado por marcas estrangeiras. Lançado há pouco mais de 20 dias, o Quantum Go, primeiro aparelho da marca, tem recebido reviews positivos da mídia especializada e começa a chegar a “pontos de degustação” nas grandes cidades.

Em Curitiba, um stand no Shopping Mueller permite que o cliente coloque a mão no celular e tire dúvidas, já que o aparelho é vendido apenas pela internet, modelo de negócio adotado por uma das principais inspirações da Quantum, a Xiaomi, que chegou ao país em junho.

A entrada de novos players no mercado, incluindo aí a marca chinesa e a já popular Asus, é um dos pontos a serem driblados pelos paranaenses da Quantum, que se veem às voltas com um cenário em retração. Pela primeira vez nos últimos anos, a consultoria IDC Brasil previu queda nas vendas de smarpthones no ano, de 8%. A recente alta do dólar, que impacta no custo de fabricação dos aparelhos, e o fim da isenção do PIS/Cofins para produtos de informática a partir de dezembro, também não ajudam.

A Quantum conta com a estrutura de produção e arcabouço financeiro da Positivo Informática. A companhia “adotou” o trio de empreendedores Marcelo Reis, Thiago Miashiro e Vinicius Grein, que receberam carta branca para formar uma unidade de negócios independente. As condições da parceria e os valores investidos não são divulgados, assim como o número de celular vendidos até agora.

“Essa parceria foi fundamental, porque foi o que possibilitou o lançamento da marca. Mas ao mesmo tempo não somos a Positivo. Fomos nós que desenvolvemos o produto e seguimos tomando as decisões”, reforça o gerente de produtos, Vinicius Grein. Segundo ele, apesar do pouco tempo no mercado, o celular tem empolgado. “O volume de vendas está acima da nossa expectativa. Estamos concorrendo com gente grande, que talvez não tenham a nossa força de vontade”, diz.