Estradas

Pedágio na BR-116 vai subir 16,68% a partir de segunda-feira

Foto: Daniel Derevecki

Quem usa a BR-116 entre Curitiba e Lages (SC) vai pagar R$ 5,60 de tarifa de pedágio em cada praça, para carros de passeio ou por eixo, a partir de segunda-feira (19). O reajuste autorizado pela Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a Autopista Planalto Sul é de 16,68%. O aumento no pedágio da Régis Bittencourt e da Litoral Sul, outras duas concessionárias que administram rodovias que cortam o Paraná, será no final de dezembro e em fevereiro, respectivamente. Já as tarifas para o sistema paranaense de concessões, o chamado Anel de Integração, foram reajustados em 1º de dezembro.

O superintendente da Autopista Planalto Sul, Antonio Cesar Ribas Sass, explicou que vários fatores impactaram o cálculo, levando ao aumento de R$ 0,80 em relação aos valores atualmente praticados. Pelo contrato, a fórmula a ser aplicada anualmente é o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), que representou R$ 0,30. Ajustes no cálculo em função de obras novas representaram R$ 0,22. Houve também um desconto, de R$ 0,05, como penalização aplicada pela ANTT, por causa de atrasos em obras.

Mas o principal fator foi a lei do caminhoneiro, representando R$ 0,33 a mais na tarifa. Aprovada em 2015, a legislação aumentou a margem de “perdão” em caso de veículos com excesso de peso, passando de 5% para 10%. Sass alega que não havia, no planejamento de obras de 2016, a destinação de recursos para a recuperação de pavimento. Contudo, em função do excesso de peso, teriam sido aplicados mais de R$ 30 milhões no ano e que, para 2017, um valor semelhante precisará ser desembolsado em obras não previstas. Também outras concessionárias devem ter impacto na tarifa em função da lei do caminhoneiro.

No Paraná, o trecho conta com balanças em Fazenda Rio Grande e Campo do Tenente, que estariam registrando vários casos de caminhões com peso excessivo, que prejudica o pavimento. Contudo, comenta Sass, são as fiscalizações eventuais da Polícia Rodoviária Federal, usando uma balança móvel, que flagram as situações mais abusivas. Caminhões com até 12 toneladas de excesso já foram autuados.