SJP

Imprudência e falta de sinalização acabam em morte de motociclista

Foto: Colaboração.

Não foi por falta de aviso. Por causa de uma engenharia de trânsito mal planejada, o jovem César Henrique Graciano Soares, 20 anos, morreu num acidente de trânsito na Rua Desembargador James Portugal de Macedo, bairro Santo Antônio, em São José dos Pinhais, por volta das 17h30 desta sexta-feira (20). Ele bateu a moto que conduzia na traseira de uma caminhonete Montana, que saia de ré da garagem de casa.

Conforme testemunhas, César vinha descendo a rua, empinando a moto que conduzia, quando se deparou com a Montana saindo de ré da residência. Não houve tempo dele frear a moto e César morreu na hora com a pancada.

A motorista, Valdete Cristina, entrou em estado de choque. Mas o marido dela, Paulo Lucas, explicou que há meses ele vem procurando a prefeitura da cidade, pedindo para que providências sejam tomadas para melhorar a segurança naquele trecho da rua. Ele explica que, quem desce pela Rua Desembargador James Portugal de Macedo não tem visibilidade quando chega próximo à casa dela. E, geralmente, os motoristas e motociclistas descem ali em alta velocidade. Da mesma forma, os moradores das residências daquele trecho não possuem plena visibilidade para sair de casa.

Tanto é que, conforme Paulo, já e o terceiro acidente que acontece ali. Num deles, felizmente, foram só danos materiais, quando uma moto bateu num carro parado na rua. Em outro, o motociclista bateu num carro que estava entrando em casa e o motociclista ficou ferido. Desta terceira vez, o acidente foi mais grave, com a morte do motociclista, que trabalhava numa pizzaria da região.

“Já avisei a Secretaria de Trânsito que isso ia acontecer. Não posso mais nem sair de casa. Já liguei, já pedi ajuda, já briguei, já me alterei com o funcionário da secretaria ao telefone, há uns sete meses na luta pedindo providências. Acho que estavam esperando acontecer uma tragédia pra fazer algo. Eles descem a rua em alta velocidade. Não tem o que a gente fazer, não tem visibilidade. Eu preferia que meu carro estivesse destruído, mas que esse rapaz estivesse vivo”, desabafa Paulo, que mora no local há nove anos.