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Firme no G4, Paraná Clube fará “jogo do ano” contra o Vila

Iago Maidana, um dos melhores em campo, acompanha a tentativa de Luan. Foto: Pedro Vale/Estadão Conteúdo

SELO TAMO JUNTO PARANÁ CLUBE

Vila Capanema, terça-feira (21), 21h30. O Paraná Clube fará nesta data e neste horário o jogo mais importante dos últimos anos. Com sete rodadas para o final da Série B do Campeonato Brasileiro, vencer o Vila Nova, o adversário mais próximo na disputa pelo acesso para a primeira divisão, é uma obrigação, é uma necessidade e é um objetivo incessante. O estádio tem que ficar pequeno pra tanta torcida, a Vila tem que ser uma panela de pressão, o time precisa estar focado o tempo todo.

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As contas estão aí e nem precisam ser tão profundas. Em quarto lugar na Segundona, o Tricolor tem 53 pontos, dois de vantagem para a equipe goiana. Portanto, uma vitória faz abrir a diferença pro Vila para cinco – e aí, o mínimo de frente para um quinto colocado seria de quatro pontos, caso o Oeste vença o Brasil de Pelotas na sexta-feira. De qualquer forma, faltariam seis jogos e o Paraná abriria uma frente considerável para os rivais.

Essa possibilidade aconteceu depois de uma rodada quase perfeita. Se o Internacional, que venceu o Criciúma, está com o acesso praticamente garantido, as outras três vagas estão abertas. O Ceará acabou tropeçando no Figueirense na sexta-feira (18). Vila Nova e Oeste empataram no sábado (19) no confronto direto. Abaixo deles, apenas o Londrina pode ameaçar a disputa dos seis primeiros – o Juventude não mostra ter forças para preocupar.

Pra ficar perfeita, a rodada teria que ter uma vitória do Paraná sobre o América-MG. Mas o empate em 1×1, sábado, no Independência, em Belo Horizonte, não foi ruim. Pelo contrário, manteve a disputa aberta, segurando também o Coelho, hoje o vice-líder da Série B. E foi um jogo duro, com muita marcação e uma postura tática inteligente do Tricolor, que não ficou retrancado, como talvez o time mineiro esperasse.

O resultado disso foi que Vitor Feijão sobrou no duelo com Pará. Desde o primeiro lance ofensivo do Paraná, o lateral do Coelho sofreu, até derrubar o camisa 11 do Tricolor dentro da área. Pênalti marcado e João Pedro, o único armador paranista, cobrou para abrir o placar. E quando falo que JP era o único na armação, é por conta das sentidas ausências de Renatinho (suspenso) e Guilherme Biteco (que passou por outra cirurgia e só volta ano que vem).

Rafhael Lucas lamenta o lance perdido. Foto: Pedro Vale/Estadão Conteúdo
Rafhael Lucas lamenta o lance perdido. Foto: Pedro Vale/Estadão Conteúdo

E quando João Pedro precisou sair, pois estava machucado, o Paraná sofreu – porque Murilo não conseguiu dar o mesmo ritmo na articulação. A rigor, os visitantes só tiveram um momento de perigo no segundo tempo, quando Robson cruzou para Vitor Feijão, que fez o gol, que acabou anulado por impedimento. Sem segurar a bola na frente, o Tricolor viu os donos da casa pressionarem.

Aí cresceu ainda mais a presença de Eduardo Brock e Iago Maidana, os dois melhores da partida. Eles foram absolutos diante do ataque do Coelho. E quando um lançamento longo chegou a Luan, surgiu a polêmica da partida. O atacante mineiro caiu após a dividida com Richard, e o lance continuou. Quando Bill perdeu a bola, o árbitro Grazianni Maciel Rocha acabou dando pênalti – e ainda fez a sinalização de que estava dando vantagem, o que não existe em lances de penalidade.

Depois da reclamação tricolor, nenhuma mudança na decisão e um tempão parado, o jogo foi retomado na cobrança de Bill, que deslocou Richard e empatou a partida. A partir daí, empurrados pelo meia Ruy (aquele mesmo campeão pelo Operário e ex-Coritiba), os donos da casa pressionaram, mas criando pouco e arriscando mesmo nas bolas de média distância. O Tricolor, já com Jhony e Felipe Alves em campo, apenas controlou o ímpeto do América para conseguir manter o empate.

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Empate que deixou o Paraná no G4 da Segundona e que aumentou o tamanho do jogo de amanhã. “Temos que continuar assim. Queríamos vencer o América, mas conquistamos um ponto importante. Agora, nosso objetivo é dentro de casa. E precisamos do resultado”, resumiu o capitão Eduardo Brock. E tem que ser contra o Vila Nova. E é bom lembrar. É na Vila Capanema, terça-feira, 21h30.