Cutucadas do Tio Pet

Petraglia compara Coritiba ao América-RJ e chama atleticanos de pão duros

Petraglia mais uma vez mostrou língua afiada ao falar dos rivais e dos próprios atleticanos. Foto: Marcelo Andrade

A entrevista do presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, ao blog do jornalista Julio Gomes, do portal UOL, segue causando mais polêmicas. Na segunda parte da conversa, divulgada nesta quarta-feira (23), o mandatário atleticano atacou o Coritiba, seu maior rival. O cartola comparou o Alviverde ao América-RJ, sobretudo pela situação complicada atual do time nas suas finanças e por entender que não há espaço para três grandes clubes na capital do Estado.

“O Coritiba vai existir. O América do Rio existe. Não acabam. Mas a que nível vai existir? Essa é a pergunta. Não cabem três clubes de primeira grandeza em Curitiba, assim como não cabem quatro no Rio ou em São Paulo. Não tem mercado para faturar. Quatro no Rio faturando 640 milhões? Mas não há nenhum planejamento de médio e longo prazo. Clubes não têm uma pesquisa para saber a quanto andamos, as tendências. Ninguém se preocupa com o futuro, é o jogo da quarta e do domingo”, disse Petraglia.

O dirigente atleticano foi além. Na primeira resposta, Petraglia não quis, nem de perto, defender o Paraná Clube e falar que caberiam dois grandes clubes em Curitiba. Para ele, há apenas espaço para o Atlético atuar em alto nível no futebol brasileiro dentro de Curitiba.

“Em Curitiba, desequilibrou. O Paraná era um clube riquíssimo, uma fusão de cinco, com patrimônio enorme, que, por más gestões, ficou pelo caminho. Decidiu gastar, contratar os Luxemburgos da vida. O Coritiba deitou em berço esplêndido, era o mais rico, único campeão brasileiro, com estádio e achou que o que estávamos fazendo não atrapalharia a vida dele. Ficaram para trás, né? Então agora vai existir, mas a que nível? De primeira grandeza, entre os primeiros dez do Brasil, só cabe um aqui”, prosseguiu.

Petraglia comentou ainda sobre as dificuldades de conseguir lotar a Arena da Baixada desde que o estádio, em 2014, foi remodelado e ampliado para receber jogos da Copa do Mundo. “Achávamos que seria fácil colocar aqui 40 mil pessoas em todos os jogos. Tem muito pão duro em Curitiba”, atacou o cartola.

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Um dos motivos que afastou o torcedor do Furacão do estádio foi a exigência da biometria. A partir de agora, o associado que não conseguir ou não quiser ir ao jogo, não poderá dar a vez para outra pessoa. Mário Celso Petraglia, no entanto, avisou que esse sistema adotado chegou para ficar e não será mudado enquanto ele estiver à frente do clube.

“A biometria é uma medida de segurança e uma mudança de cultura. Sim, perdemos sócios porque aqui temos a cultura do jeitinho. O sujeito acha que pode passar para qualquer um usar. Precisamos mudar essa cultura. Devem haver umas 50 mil pessoas que frequentam o estádio e eles querem ficar se revezando nas cadeiras. E tem a segurança. No último jogo aqui na Arena (diante do Atlético-MG), quatro pessoas foram imediatamente presas, porque estavam com pendências com a justiça”, concluiu o cartola.