Mistério

Fernando Diniz já vai implementando forma de jogar no Atlético, mas sem revelar time

Fernando Diniz acredita que jogadores estão entendendo sua forma de jogar. Foto: Miguel Locatelli/Atlético

Longe dos holofotes, ma já de olho nas competições nacionais, o time principal do Atlético para 2018 ainda é um mistério. O projeto inicial que tinha o ex-jogador Seedorf à frente do futebol do clube não deu certo e a partir daí a diretoria do Furacão partiu para o plano B e trouxe Fernando Diniz.

O novo coordenador técnico geral do clube e treinador da equipe chegou no começo de janeiro e é conhecido pelo seu estilo de jogo de troca de passes, mas até agora não enfrentou adversários, nem em jogos-treino, para já testar o elenco que tem em mãos. Isso porque a diretoria busca um adversário de peso para realizar um amistoso antes da estreia na Copa do Brasil, no dia 30 de janeiro, diante do Caxias, um confronto decisivo e eliminatório. Se perder, o Rubro-Negro estará eliminado da competição.

Mas, mesmo podendo implementar sua filosofia apenas nos treinamentos, faltando doze dias para a estreia oficial na temporada, Fernando Diniz atenta para o entendimento do grupo em relação à proposta de jogo.

“Está sendo muito bom. Os jogadores estão tendo uma aceitação muito positiva e a perspectiva do futuro é muito boa‘, disse o treinador, em entrevista ao site oficial do clube.

E na teoria, os jogadores estão aceitando bem a nova forma de treinar. Desde que o elenco se apresentou para a temporada, no dia 4, os trabalhos com bola estão sendo intensos, justamente para se adequar à nova realidade.

“Tem sido muito bom. O grupo voltou comprometido, entendendo uma nova filosofia de jogo e buscando aprimorar, principalmente, a questão física. (O Diniz) É um bom treinador, com boas ideias e amigo dos atletas. Ele cobra bastante, não só o físico, mas a parte tática”, elogiou o meia Guilherme.

Seguindo a ideia do comandante, o Atlético não será um time ofensivo, que tentará controlar os jogos, independentemente do adversário e do local. O jogo apoiado com participação do goleiro e jogadores em funções diferentes deverá ser outra marca do Furacão de Diniz, que começa com uma interrogação já no gol.

A preferência por um arqueiro que tenha a capacidade de jogar com os pés pode transformar Rodolfo em titular nesse começo de ano. O jogador está de volta ao clube depois de ser destaque na Série B pelo Oeste-SP e tem sido a primeira opção do técnico nos treinamentos. O goleiro tem contrato até maio e a sua continuidade como primeira opção depende de uma renovação, que está em negociação. Para a posição também estão no páreo Santos e Léo, que estão treinando no time de aspirantes, comandado pelo técnico Tiago Nunes. As duas equipes, inclusive, treinaram juntas ontem.

A grande curiosidade da torcida é quais peças entrarão em campo com a camisa atleticana. Até agora, são quatro reforços específicos para a equipe principal. O lateral-esquerdo Thiago Carleto, o meia Raphael Veiga e os atacantes Bergson e Marcinho. Os três primeiros chegam com status de titular, já que durante boa parte da temporada de 2017 o Furacão sofreu com o lado esquerdo da defesa, com a criação no meio e com a falta de um matador.

Marcinho é uma contratação de menos impacto, mas deve receber chances com Diniz pela polivalência que apresentou na carreira até agora. No São Paulo, o jogador de 22 anos chegou a jogar como ala, pelos dois lados do campo.

Opções que Fernando Diniz vai tendo para este novo Rubro-Negro, mas que vão sendo guardadas a sete chaves no CT do Caju.