Caso de polícia

Com receio de fuga, justiça argentina manda Luciano Cabral pra cadeia

Luciano Cabral tem contrato com o Atlético até julho. Foto: Aniele Nascimento

Vinte e sete anos. É o tempo que o meia Luciano Cabral, emprestado ao Atlético, pode ficar preso caso fique comprovada a participação dele no assassinato de Joan Villegas Gualpa, de 27 anos, no dia 1º, em General Alvear, na Argentina. A informação foi confirmada pelo juiz Sergio González, que definiu nesta quarta (18) a transferência do jogador para a penitenciária de San Rafael.

Joan Villegas foi morto a pauladas, e o pai do jogador rubro-negro, José Cabral, assumiu a autoria do crime, mas no dia 4, ao se apresentar para depor, Luciano foi detido em General Alvear. Sua prisão preventiva estava por vencer, assim como a de Federico Olguin, outro que estaria envolvido no assassinato, segundo a polícia. O juiz Sergio Gonzalez decidiu encaminhá-lo à penitenciária, negando a liberdade provisória pelo risco de fuga do jogador.

O crime é o principal assunto na pequena General Alvear, cidade natal de Luciano Cabral, com pouco menos de 10 mil habitantes e a 219 quilômetros de Buenos Aires. Na terça-feira (17), o pai do jovem morto, Sandro Villegas, pediu que as testemunhas viessem a público e contassem às autoridades o que sabem, “para que a justiça seja feita”, como ele afirmou em entrevista à rádio Viñas.

O Atlético, que tem Luciano Cabral sob contrato até o final de julho, acompanha o caso, mas o suporte jurídico é feito na Argentina pelo advogado Gustavo Nedic, indicado pelos representantes do jogador. Nedic é um dos profissionais do escritório de um dos políticos mais conhecidos da Argentina, Ernesto Sanz, que foi senador até 2015 e foi pré-candidato à presidência da república no mesmo ano.