Nos pênaltis

Atlético fica pelo caminho; Rio Branco tá na final da Taça Dionísio Filho

Thiagão agradece aos céus. É o Rio Branco na final da Taça Dionísio Filho. Foto: Jonathan Campos

Teoricamente, o Atlético deveria passar pelo Rio Branco com facilidade. Mas a teoria não prevaleceu e, na prática, foi o Rio Branco que saiu do jogo de ontem (18), comemorando a vaga para final da Taça Dionísio Filho. No tempo regulamentar, apesar de criar muitas chances, o Furacão não foi efetivo para marcar, enquanto, do outro lado, o time de Paranaguá apesar de criar apenas poucas chances, foi competente para segurar o placar de 0x0 e levar a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, 6×5 para o time de Paranaguá, que disputará o troféu do primeiro turno do Campeonato Paranaense no próximo domingo (25), às 16h, contra o Coritiba.

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O Atlético entrou para a partida carregando o peso de uma equipe que ainda não saiu derrotado em 2018. Na primeira fase da competição, de seis jogos disputados pelos atletas comandados por Tiago Nunes, foram três vitórias e dois empates, somando 14 pontos na classificação. O “discreto” Rio Branco, por sua vez, somou apenas 7 e venceu apenas em uma oportunidade no primeiro turno, mas veio para Curitiba com a tática, definida por seu treinador Maurílio, “na medida” para garantir que o jogo fosse para os pênaltis.

O primeiro tempo do Furacão foi apático, com poucas chances criadas. As únicas jogadas exploradas eram lançamentos longos para a área. Sem criatividade, o Rubro-Negro parava na defesa bem colocada do time de Paranaguá, com grande destaque para o goleiro Jhones, decisivo para o resultado positivo para o Rio Branco.

No segundo tempo, o Atlético, visivelmente, era outro e buscava o gol de todas as maneiras possíveis, mas sem sucesso. As chances eram desperdiçadas com bolas muito altas ou que passavam pela lateral da meta. Aos 32 minutos, Tcharlles, que já tinha um cartão amarelo, recebeu outra penalidade e foi expulso. Com um jogador a mais, o Atlético poderia tentar ser mais efetivo e abrir o placar, mas não foi o que aconteceu.

Na reta final da partida, o Rio Branco já sentia que poderia levar a decisão para os pênaltis e começou a valorizar a posse de bola. Por retardar a cobrança de tiro de meta, o goleiro Jhones chegou a levar cartão amarelo.

Santos estatelado no gramado após a eliminação atleticana. Foto: Jonathan Campos
Santos estatelado no gramado após a eliminação atleticana. Foto: Jonathan Campos

Fim do segundo tempo e a decisão foi para os pênaltis. A culpa pela falta do gol, para o técnico Tiago Nunes, não se deve à qualidade dos jogadores. “Se eu falar que faltou qualidade não estarei sendo leal aos meus atletas. Eles têm boas finalizações. O que faltou hoje foi frieza. Além disso, devemos dar o mérito ao goleiro adversário. A falta de calma na definição atrapalhou”, explicou.

Maurílio, o comandante do Leão da Estradinha, valorizando muito o resultado alcançado, lembrou que a defesa era um problema para o time que nos momentos decisivos do campeonato o time soube reagir a essa situação. “É uma equipe que está crescendo no momento certo. O começo foi de altos e baixos, saíamos na frente e depois tomávamos o empate, mas depois do jogo contra o Maringá nos recuperamos e ajustamos o que era necessário”, avaliou.

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Hora da verdade

Nas penalidades, João Pedro abriu as cobranças e fez para o Atlético. Raul foi o primeiro a cobrar pelo Rio Branco e também marcou. Ederson foi o segundo na cobrança e também deixou o seu. Victor, pelo Rio Branco, também fez. Na terceira rodada de cobranças, Yago chutou no meio do gol e Jhones, pegou com tranquilidade. Vandinho, pelo Leão da Estradinha, fez. Giovanny foi pra cobrança e marcou e Fernando desperdiçou. Na quinta rodada, Renan Lodi colocou a bola para o fundo das redes e o goleiro Jhones, o nome da partida, foi para a cobrança e também deixou o seu. Com 4 gols convertidos para cada lado, a decisão foi para as cobranças alternadas. Felipe Dorta marca pelo Furacão e Thiagão pelo Rio Branco. Vitor Naum bate na trave e a decisão fica nos pés de marco Túlio, que faz e garante o Rio Branco na final da competição com um placar de 6×5 nas penalidades.

Para o técnico do Atlético fica o aprendizado. “É sempre muito ruim perder, para o treinador é um sentimento de frustração pela não classificação, principalmente pelo merecimento que esses atletas têm. Treinaram muito e fizeram boas atuações até aqui. Mas estou muito orgulhoso e nosso ambiente de trabalho fica fortalecido com esse aprendizado”, finalizou.