Verticais de Vinhos das Ilhas Italianas e Cordeiro

Há alguns dias, a confraria Curitibana Cavaleiros do Tastevin organizou um evento de avaliação de vinhos elaborados nas Ilhas Italianas junto a uma degustação de carnes nobres, provenientes da Castrolanda, uma bela cooperativa de Castro/PR, que mantém uma de suas lojas dentro do Mercado Municipal de Curitiba.

Começamos com um millésime Franciacorta DOCG Brut 2008, da Villa Crespia, o mais “champagne dos espumantes”, conceito defendido por alguns apaixonados. Certo é que os franciacortas normalmente esbanjam frutas cítricas e cremosidade, mas faltam aquele toque aromático de fermento característico do método champenoise. Há quem prefira este estilo!

Em seguida, foram servidas duas degustações verticais às cegas.

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A primeira tratou dos Turriga 2007, 2011 e 2012, provenientes da Sardenha, Itália, de variedade Cannonau, (garnacha espanhol). O curioso foi que o 2007 estava muito parecido com o 2012, e o 2011 apresentava-se mais pronto, talvez devido à maturidade mais rápida do vinho em garrafa.

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Na segunda vertical, foi a vez dos Franchetti 2009 e 2011, da Passopisciaro, Sicilia, Itália, de variedade Petit Verdot. Apresentou uma coloração rubi intensa, robusto e de boa untuosidade gustativa. Sobrava um pouco de acidez, tanino e álcool, confirmando o equilíbrio alto pela jovialidade frente à complexidade do vinho, contudo, a percepção aveludada que exibia transformou-o em um vinho extremamente agradável.

Todos os vinhos italianos oferecidos pelo Anfitrião Giancarlo foram impressionantes, mesmo em safras jovens, apresentando suas características de regiões quentes, de extração profunda, equilíbrio alto, intensos e persistentes nos aromas e no palato.

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Um Almaviva 2008, Chile, foi servido ao final, como forma de curinga, às cegas, e ficou aquém dos grandes italianos. Um bom vinho comercial, de custo versus benefício duvidoso, que precisa envelhecer para mostrar alguma complexidade, mas é uma percepção particular, sei que existem muitos fãs e defensores desse vinho. Respeito sua bela tradição e trajetória.

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E sobre as carnes, nada melhor que as palavras do confrade e Chef André:  “A carne de cordeiro tem seus segredos e particularidades, é um preparo que exige cuidado e sensibilidade. Assim que abrimos  as embalagens dos pernis e os cortes de french rack da Castrolanda, Cordeiros Especiais, me chamou a atenção o quanto era fresca e tenra. Usamos o mínimo de ingredientes selecionados e o resultado foi maravilhoso , todos apreciaram e a harmonização com a sequência impecável de vinhos das Ilhas Italianas… foi sublime!!!

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Enfim, encontrar belos vinhos das Ilhas Italianas não é uma missão tão fácil quanto parece, mas um Toscano bem resolvido é fácil e normalmente harmoniza muito bem com carnes nobres.

 

Cheers!

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