A Previdência em 2017

O ano passado foi mais um ano difícil para os brasileiros. A economia pode ter saído da UTI, mas a febre não baixou, basta ver que os sintomas como o desemprego e os preços altos ainda estão aí.

No entanto, os poucos remédios que foram dados ao doente mostraram que há cura para a economia brasileira. A reforma trabalhista, a queda dos juros, os índices de inflação despencando e, principalmente, a sinalização de que pode ocorrer a reforma da previdência, conseguiram desviar, ainda que temporariamente, o país da rota que nos levaria direto ao precipício.

É que o Brasil é tão grande e rico, com um imenso mercado de consumo potencial, que a simples sinalização de que o Governo está disposto a fazer a lição de casa, já é suficiente para que a economia volte a andar. Da mesma forma, basta uma “pisada na bola” para voltar ao rumo do abismo. Por isso, toda atenção é pouca!

Uma mostra de que houve alguma melhora veio do comportamento da Bolsa de Valores. Quando a taxa de juros cai, os investidores só têm o caminho de aplicar na economia real, nas nossas empresas. O mercado acionário foi o grande vencedor dentre as alternativas de investimentos no ano passado, com o Índice Bovespa valorizando-se 26,9%. E o grande destaque ficou por conta das ações de pequenas empresas – “Small Caps”, cujo índice – SMLL- valorizou 49,3% no ano.

Com toda essa valorização, os Planos de Previdência que acreditaram na Bolsa, apesar das turbulências dos últimos anos, obtiveram excelentes resultados em 2017.

Pena que são poucos os administradores da previdência privada que entendem que não há outra maneira de buscar maiores rentabilidades no longo prazo, senão através da Bolsa de Valores e dos Fundos de Ações.

Como previdência privada é um projeto de longo prazo- 25, 30, 35 anos- mesmo que ocorram crises econômicas e que a Bolsa oscile negativamente no curto prazo, sempre haverá tempo para recuperação.

O Fundo Paraná de Previdência, do qual sou presidente há quase 10 anos, segue caminho diferente da maioria dos fundos de pensão brasileiros desde sua criação, em 2004.

Lá, possuímos 3 perfis de investimento. O Perfil chamado Agressivo investe 40% dos recursos em renda variável, através de Fundos de Ações Dividendos, de empresas que distribuem boa parte de seus lucros – e Fundos Small Caps – de pequenas empresas com potencial de crescimento. Com performance muito boa já em 2016, o Perfil Agressivo fechou o ano de 2017 com 16,8% de rentabilidade, contra um INPC de 2,07%.

Como sempre digo, previdência privada é para fundistas e não velocistas.

E para quem acha que previdência privada é para ricos um alerta: previdência privada é para inteligentes e não para ricos. Existem planos a partir de R$ 50,00 mensais, o que garante, no mesmo prazo de contribuição, uma aposentadoria maior que a do INSS.

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