Calendário de risco

Estudo revela em qual idade há risco de ter filhos com autismo

Pais com grandes diferenças de idade e mães adolescentes têm um número surpreendente de filhos com o transtorno do autismo. A revelação é de um estudo divulgado nesta terça (9) pela instituição “Autism Speaks”, a maior multinacional em estudos sobre autismo. 

O autismo é um transtorno que geralmente se manifesta na primeira infância e afeta a interação social, a comunicação e geralmente vem acompanhado de algum grau de deficiência mental. O autismo atinge mais meninos do que meninas, devido à quantidade de mutações genéticas que o cérebro delas pode suportar, de acordo com pesquisas de cientistas suecos e americanos.

O presente estudo da Autism Speaks também confirmou que pessoas mais velhas têm grandes chances de gerarem filhos autistas. A pesquisa foi feita com cerca de 6 milhões de crianças, em cinco países. “Esse estudo é diferente de todos os outros”, declarou o co-autor da pesquisa, Michael Rosanoff. “Fazendo a ligação entre registros de saúde em cinco países, nós criamos o maior banco de dados do mundo na pesquisa de fatores que aumentam o risco de autismo”, completou.

No entanto, Rosanoff alerta que não é preciso alarde: “Apesar de a idade dos pais ser importante, a maioria das crianças nascidas de pais muito novos ou mais velhos, vai se desenvolver normalmente”, adicionou o autor da pesquisa, Sven Sandin.

Apesar de estudos anteriores já terem identificado uma ligação entre idade avançada nos pais, muitos aspectos disso ainda permanecem sem resposta. Um exemplo disso é que alguns estudos revelaram que esse risco aumenta quando os pais são mais velhos, mas não as mães.

Em seu trabalho, pesquisadores buscaram identificar quais fatores contribuiriam mais para a síndrome. “Calculamos qual aspecto era o mais importante. Acabou sendo a idade dos pais, apesar de diferenças grandes entre um e outro também serem significantes”, afirmou.

O autismo ocorre com cerca de 66% das crianças de pais com mais de 50, número que aumenta em 28%, para adolescentes. “Nesse estudo, mostramos pela primeira vez o que é o risco de autismo, ao invés de recorrer aos métodos convencionais”, disseram os pesquisadores.

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