Negócios

Rede de cafeteria curitibana chega a 550 lojas e vende uma tonelada de café por mês

Go Coffee
Foto: Divulgação

O Brasil mantém a liderança mundial na produção de café, com safra estimada em 55,67 milhões de sacas de 60 quilos em 2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior. Impulsionadas pelo hábito de consumo da bebida, as cafeterias ganharam espaço em todo o país.

Um desses exemplos é a Go Coffee. Fundada em Curitiba em 2017, a cafeteria se consolidou como uma das principais redes de cafés especiais do Brasil. A marca está presente em todos os estados e conta atualmente com 550 unidades, entre lojas em funcionamento e contratos já firmados. Todos os meses, a rede comercializa mais de uma tonelada de café, produzido principalmente no Sul de Minas e na Alta Mogiana, tradicional região produtora do interior paulista.

Embora tenha surgido no modelo “to go”, quando o consumidor leva o produto para outro local, das 42 lojas inauguradas em 2025 apenas 7 ainda seguem nesse formato. Desde 2022, a marca tem priorizado pontos de venda com mais de 40 m² e espaço para salão. “Nosso modelo de negócio evoluiu junto com o consumidor. O que antes era pensado para a correria do dia a dia hoje precisa oferecer conforto, permanência e até estrutura para reuniões. Isso mudou tudo, da arquitetura ao ticket médio”, afirma o sócio-fundador da rede, André Henning.

Atualmente, a Go Coffee opera com variados formatos de franquia, como quiosques e lojas com 200 m², incluindo lounges, área kids e salas de reunião. Essa flexibilidade na implantação tornou-se um dos diferenciais da rede e impulsionou o crescimento em cidades menores ou com públicos variados. “Antes o café era um produto. Agora ele é parte de uma experiência. Um bom café em um ambiente confortável se tornou convite para permanecer, trabalhar remotamente ou encontrar amigos. É isso que a nova geração de consumidores busca”, comenta Henning.

Quanto custa a franquia da Go Coffee

A expansão da Go Coffee também está ligada ao modelo de franquias. Com lojas padronizadas, para abrir uma unidade o custo inicial é a partir de R$ 180 mil, com prazo de retorno estimado entre 12 e 24 meses e lucro médio mensal de R$ 15 mil. “Não expandimos por meio de terceiros, mas de forma interna. Nosso grande diferencial é, sem dúvida, a não cobrança de royalties”, destaca Henning.

O franqueado paga a taxa inicial de franquia para ter direito ao uso da marca, sem mensalidades. A Go Coffee atua como fábrica e distribuidora de insumos e produtos, com produção própria de doces e bases para bebidas. “Somos uma das poucas empresas do Brasil que desenvolvem seus próprios xaropes e itens de consumo. Isso garante padronização: do Rio Grande do Sul ao Ceará, todos terão o mesmo muffin, o mesmo cookie e as mesmas bebidas”, explica.

Outro ponto do modelo é o compromisso contratual da rede em repassar insumos com preços abaixo do mercado. “Quando o franqueado compra mais barato, a lucratividade dele cresce. E se ele vende mais, eu também vendo mais. Assim criamos uma rede sustentável e de economia circular”, complementa Henning.

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