Zeladora morta no meio do mato

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Um desconhecido abordou Eva
no ponto de ônibus e a arrastou
para o matagal, matando-a.

Com a roupa que saiu para festejar o Ano Novo, Eva Barbosa dos Santos, 59 anos, foi encontrada morta, com o corpo em estado de decomposição, às 21h de terça-feira. O cadáver estava a cerca de 15 metros de um ponto de ônibus da Rua Theodoro Makiolka, Santa Cândida, dentro de um terreno cercado por árvores. A polícia procura agora por um suspeito, descrito como moreno escuro, de 1,75 m, que foi visto com a mulher na noite da virada de ano

Eva deixou sua casa, na Rua Mário Alves de Menezes, Jardim Aliança, também no Santa Cândida, pouco antes da meia-noite do dia 1.º. Ela procurava um bailão para se divertir e comemorar a chegada de 2005. Geralmente, nessas saídas alguns de seus 14 filhos a acompanhavam, o que não ocorreu naquela noite. Por volta das 2h de sábado, Fabiano Machado Borges, 27 anos, amigo da família, viu Eva no ponto de ônibus, sendo segurada pelo suspeito, que usava um boné e uma jaqueta escura.

Encontro

Ele passou com o carro devagar, para ver o que acontecia e o desconhecido largou os ombros de Eva. "Ela não correu nem esboçou reação. Pensei que era um de seus filhos que a estava levando para casa", relatou. "Acompanhei a cena pelo retrovisor", completou. Depois disso, a mulher não foi mais vista. Quando soube por uma tia que Eva estava desaparecida, Fabiano voltou ao mesmo local e descobriu o corpo junto com um dos filhos da mulher. Na rua, o rapaz encontrou a viatura do Regimento de Polícia Montada e avisou os soldados Fogaça e Filardo.

Laurentino dos Santos, 66, marido de Eva e pai de seus filhos, contou que sempre orava pela mulher, quando ela saía para dançar. "Eu orei muito e pedi a Deus que me mostrasse onde estava minha esposa, escrevi até um voto com o pedido", disse, mostrando o envelope dobrado poucas horas antes de o corpo ter sido descoberto. Laurentino é freqüentador de uma igreja pentecostal do bairro. Eva trabalhava há cerca de oito anos como zeladora na escola do Aliança e pensava em se aposentar.

Assassinato

A perita Clélia Fila, da Polícia Científica, fez a primeira avaliação do corpo e constatou uma deformação no rosto da vítima. "Não posso precisar a forma como ela foi morta, devido ao estado de decomposição, mas pode ter sido agressão", comentou. Exames complementares, no IML, irão determinar se foi usado algum tipo de arma contra a mulher. A necropsia também poderá verificar se houve violência sexual.

A descrição do suspeito foi anotada pelos investigadores Edson e José Luiz, da Delegacia de Homicídios. A partir das pistas colhidas no local, junto a familiares, a polícia começará a investigação para solucionar o caso.

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