Vítima agredida e carbonizada era professor

O homem agredido e carbonizado por marginais no Hauer, na sexta-feira, foi identificado como o professor de geografia e filosofia Antônio Carlos de Paula, 49 anos.

“O Instituto Médico-Legal diz que o cadáver está muito queimado, por isso não nos deixaram vê-lo. Mas disse que, pelas digitais, o corpo é do meu irmão”, afirmou Maria de Jesus de Paula.

Ela acredita que seu irmão foi vítima de roubo, pois a moto do professor desapareceu na madrugada do crime. “Não tinha nenhum motivo para um assassinato. Ele era boa pessoa, não tinha inimigos”, explicou Maria.

Sonho

Antônio era professor de geografia no Colégio Ivo Leão, na Cidade Industrial, e estava feliz por ter conseguido aulas para lecionar filosofia, sua matéria preferida. Ele separou-se da primeira esposa, com quem tinha dois filhos, e morava com a nova companheira, no Novo Mundo.

Na noite do crime, a ela foi a um café colonial, onde suas amigas a homenagearam por sua aposentadoria, e quando voltou o marido havia saído, sem lhe avisar para onde ia. Maria acredita que o professor tenha ido a algum lugar próximo de casa, pois não levou nada além do relógio.

Crime

Na madrugada de sexta-feira, Antônio foi jogado de dentro de um carro vermelho na esquina das ruas Carlos Essenfelder e Alcino Guanabara. Foi violentamente agredido por dois homens, que, em seguida, jogaram gasolina no corpo da vítima e atearam fogo. O professor chegou a ser socorrido pelo Siate, mas morreu a caminho do Hospital Evangélico.